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Após Bolsonaro falar em "fraude", Doria pede novas eleições

Presidente disse ter 'provas' de que venceu o pleito presidencial em 2018 no primeiro turno

10 mar 2020 - 21h40
(atualizado às 22h00)
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desafiou o presidente Jair Bolsonaro a se submeter a uma nova eleição ainda neste ano, junto com prefeitos e vereadores, já que acredita que o pleito que o elegeu foi fraudado.

João Doria, governador de São Paulo.
João Doria, governador de São Paulo.
Foto: Roberto Casimiro / Foto Arena / Estadão Conteúdo

"Se o presidente não confia na sua própria eleição, ele que participe de outra. Antecipemos as eleições, façamos as eleições para presidente da República junto com as eleições de prefeitos e vereadores. Se ele acredita que ela foi fraudada, que se submeta a nova eleição ou obedeça as regras. As regras estão claras", afirmou Doria.

Ele se reuniu na tarde desta terça-feira, 10, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem discutiu reforma tributária e pacto federativo.

Na segunda-feira, 9, em Miami, o presidente da República disse que tinha "provas" de que teria vencido a eleição no primeiro turno. Segundo ele, houve "fraude" no pleito - Bolsonaro venceu as eleições no segundo turno, quando obteve 55,13% dos votos. No primeiro turno, conseguiu 46,03% dos votos válidos, o que não foi suficiente para liquidar a disputa imediatamente. "Pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu fui eleito no primeiro turno, mas, no meu entender, teve fraude", disse Bolsonaro.

Nesta terça-feira, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou uma nota em que rebate as declarações do presidente e reafirma a "absoluta confiabilidade e segurança" do sistema eletrônico de votação. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, disse que a Justiça Eleitoral "não compactua com fraudes".

Doria disse ainda que não cabe a um presidente da República convocar manifestações em interesse próprio. "O presidente tem que ter isenção. Se alguém quiser se manifestar, tem esse direito, mas não induzido por redes sociais ou estimulado por manifestações da imprensa para que esse movimento seja em apoio ao presidente da República, em apoio a um sentimento partidário ou ideológico. Não é assim que se faz democracia", afirmou.

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