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Após denúncia de assédio, Guimarães deve deixar Caixa ainda nesta 4ª

Pessoas próximas a Bolsonaro classificaram a situação do presidente do banco como "desastre" e “insustentável”

29 jun 2022 - 09h14
(atualizado às 09h15)
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Pedro Guimarães, presidente da Caixa
Pedro Guimarães, presidente da Caixa
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil / Estadão

Fontes próximas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) disseram que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, deve deixar o cargo ainda nesta quarta-feira, 29, após denúncias sobre assédio sexual virem à tona.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro e Guimarães conversaram sobre a demissão na noite de terça-feira, 28. Diante da gravidade das denúncias, a situação do presidente da estatal ficou "insustentável".

Pessoas próximas a Bolsonaro - como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto - pressionaram pela demissão, de acordo com a coluna de Malu Gaspar e de Bela Megale, também do O Globo, devido preocupação com a campanha eleitoral.

Para eles, as denúncias envolvendo Guimarães seriam um "desastre" para a campanha, que luta para reverter os altos índices de rejeição - principalmente entre o eleitorado feminino, que chega a 61%, segundo pesquisa Datafolha.

Aliados enfatizaram a Bolsonaro que Pedro Guimarães não poderia permanecer nem mais um dia como chefe da Caixa.

"Nós precisávamos que algum fato viesse para desviar a atenção do caso do MEC. Mas não era bem nisso que estávamos pensando", comentou um integrante da campanha bolsonarista ao blog de Malu Gaspar.

A Caixa Econômica Federal informou que o pronunciamento e a coletiva de imprensa com o presidente do banco, previstos para a manhã de quarta-feira, foram cancelados. O banco promoverá um evento em Brasília, na Caixa Cultural, para tratar da estratégia da CEF para o Plano Safra 22/23. Além de fazer um pronunciamento, Guimarães responderia a perguntas de jornalistas. A Caixa não informou o motivo dos cancelamentos. 

O caso

O portal Metrópoles publicou nessa terça-feira que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal por suposto crime de assédio sexual. O Estadão/Broadcast confirmou a existência da investigação.

As denúncias foram feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal. Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco.

Segundo um dos relatos, uma funcionária diz que o presidente do banco teria passado a mão em suas nádegas. Em outro caso, o executivo teria convidado outra funcionária para dentro de seu quarto de um hotel, para entregar o que fora pedido, quando pediu a ela para tomar um banho e voltar para conversar sobre a carreira em seu quarto.

Em outra viagem, Guimarães teria dado a chave do seu quarto do hotel para uma funcionária e dito a frase "vou botar aí na frente".

Procurado pelo Estadão, o Ministério Público Federal afirmou que não fornece informações sobre procedimentos sigilosos. A Caixa não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado assim que houver um posicionamento.

Em nota ao Metrópoles, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.

"A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça', informou, em nota ao site.

Fonte: Redação Terra
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