Após impasse, patinetes voltam a operar na cidade de SP
Para reaver patinetes apreendidos, Grow deve pagar R$ 820 por veículo e R$ 20 mil por empresa, Grin e Yellow
Depois de cinco dias sem operação na cidade de São Paulo, os patinetes elétricos da Grow voltaram a circular, nesta quinta-feira (6).
Na quarta-feira da semana passada (29), quando entrou em vigor um decreto que regulamenta o uso dos patinetes na capital paulista, os veículos da empresa foram apreendidos pela prefeitura de São Paulo, sob a justificativa de que a Grow não havia feito credenciamento junto à Secretaria de Mobilidade e Transportes, uma das exigências do decreto.
A empresa, que controla as operações da Yellow e da Grin, concluiu o credenciamento na quarta (5).
A Grow declarou que não havia feito o credenciamento dos patinetes pois foi barrada de uma reunião com a prefeitura na sexta-feira (31). Já a prefeitura disse que não a Grow não pôde participar, por ter entrado com um processo contra a prefeitura.
De acordo com a prefeitura, foram 1.067 patinetes apreendidos pela Secretaria Municipal de Subprefeituras. Cabe, então, à Grow, para reaver os veículos, o pagamento de R$ 819,81 por patinete e, como penalidade, R$ 20 mil por empresa -- já que holding controla a Grin e a Yellow.
Além da Grow, mais duas empresas apresentaram documentação para credenciamento para operar o serviço de compartilhamento de patinetes elétricos: FlipOn e Scoo, que não estão em operação.
Em nota a Grow disse que “segue em diálogo constante com a Prefeitura e demais agentes interessados em organizar o uso desta alternativa de micromobilidade em São Paulo” e divulgou uma lista de sugestões ao usuário, muitas delas, em conformidade com o decreto provisório da prefeitura. Entre eles, a empresa pede ao usuário que “respeite a velocidade máxima de 20km/h” e que “não circule com o patinete pelas calçadas -- na ausência de ciclovia ou ciclofaixa, utilize as vias locais (aquelas que têm velocidade para carros de até 40 km/h)”.