Após polêmica com Pix, Lula exige que portarias passem pelo aval da Presidência
Durante a primeira reunião ministerial de 2025, nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que todas as novas portarias dos ministérios precisarão de aprovação prévia do Palácio do Planalto. A decisão ocorre após a repercussão negativa de uma medida relacionada ao Pix, que levou o governo a rever normas sobre a fiscalização de transações financeiras.
"Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós, sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, alguém faz um negócio qualquer e daqui a pouco arrebente e vem cair na Presidência da República", afirmou o presidente.
Reforma ministerial à vista? Lula busca aliança com partidos aliados
No encontro, Lula também pediu maior engajamento de sua equipe, reforçando que pretende realizar reuniões individuais com os ministros para discutir estratégias de atuação até o final de seu mandato. A reunião ocorre em meio à especulação de uma possível reforma ministerial, já que o presidente mencionou a necessidade de alinhar o governo com partidos aliados, de olho nas eleições de 2026.
A Esplanada dos Ministérios, atualmente composta por 38 pastas, conta com representantes de 11 partidos, além do PT, que lidera 12 ministérios. Lula destacou que pretende conversar com os partidos da base governista, incluindo PSD, MDB, Republicanos, PSB, União Brasil, PC do B, PP, PDT, PSOL e Rede.
"Eu quero conversar com vocês sobre os partidos que estão aliados conosco. Nós temos vários partidos políticos e eu quero que esses partidos continuem juntos, mas nós estamos chegando no processo eleitoral", declarou.
Ministros e suas tarefas para 2025
Lula ressaltou que os ministros também têm a responsabilidade de fortalecer as alianças entre o governo e seus respectivos partidos. Ele agradeceu a confiança depositada por essas siglas até o momento, mas alertou para a necessidade de maior comprometimento nos próximos meses.
"A gente não sabe se os partidos que vocês [ministros] representam querem continuar trabalhando conosco ou não. Essa é uma tarefa também de vocês no ano de 2025. E é uma tarefa grande, não é uma tarefa pequena. É isso que quero pedir para vocês", completou o presidente.
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