Ar-condicionado: higienização do filtro demanda atenção
Número de casos de SRAG cresceu em parte do país; manter o filtro do ar-condicionado higienizado ajuda a prevenir alergias respiratórias, diz especialista da Dr. Lava Tudo
O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceu na maior parte do Brasil, em todas as faixas etárias analisadas. A informação integra o novo Boletim InfoGripe, divulgado recentemente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com o levantamento, o atual quadro pode ser decorrente da circulação de vírus como o Sars-CoV-2 (covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que alcançaram ampla circulação em todo o país.
Em São Paulo (SP), hospitais públicos e particulares enfrentaram superlotação em março devido ao aumento de internações por doenças respiratórias, como informa reportagem veiculada pela CNN Brasil. Segundo fontes ouvidas pelo portal, as esperas foram de quatro a seis horas em unidades de pronto-atendimento da cidade.
Pedro Sampaio, especialista em limpeza de filtros de ar-condicionado da Dr. Lava Tudo, empresa especializada em higienização e impermeabilização, ressalta que a atenção a um elemento pode ajudar a prevenir alergias respiratórias: a higienização do filtro do aparelho de ar-condicionado.
"Em primeiro lugar, é preciso se atentar à periodicidade ideal em que deve ser realizada a limpeza dos filtros de ar-condicionado, o que muda de aparelhos usados em ambiente residencial e comercial", ressalta Sampaio.
Ele explica que, em ambientes residenciais, a limpeza profissional dos filtros de ar-condicionado deve ser feita a cada seis meses. Já a limpeza caseira, por sua vez, deve ser periódica, entre quinze a trinta dias, dependendo da frequência de uso - principalmente se o ambiente tiver muita poeira ou animais de estimação.
"Em ambientes comerciais, onde o uso é mais intenso e há um fluxo maior de pessoas, a limpeza profissional deve ser realizada a cada três meses, e a limpeza caseira semanal ou quinzenal", esclarece. "Além disso, é imprescindível que esses aparelhos passem por manutenção técnica regular", complementa.
O especialista destaca que a diferença entre os ambientes está no nível de uso e na quantidade de partículas que podem se acumular no filtro, sendo maior em ambientes comerciais.
Circulação de ar "sujo" pode desencadear alergias
As doenças respiratórias podem atingir qualquer faixa etária, mas são mais frequentes e preocupantes em crianças e idosos, como informa a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), empresa pública vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
O artigo da EBSERH destaca que as principais enfermidades que podem afetar essa população incluem gripe por influenza, diversas viroses (como: H1N1, covid-19, vírus sincicial), rinite, sinusite, faringite, pneumonias, asma brônquica e agravamento de Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC).
Segundo Sampaio, a circulação de ar-contaminado pode desencadear uma série de reações alérgicas, como rinite alérgica, que é causada pela inalação de partículas de poeira, ácaros e fungos presentes no filtro sujo.
"Esse fator também pode agravar problemas de asma por conta da presença de ácaros, mofo e outras partículas e, ainda, conjuntivite alérgica, que é causada pela poluição do ar", acrescenta.
De acordo com o especialista em limpeza de ar-condicionado da Dr. Lava Tudo, a circulação de "ar sujo" também pode ser prejudicial para indivíduos que sofrem com dermatite atópica.
"Algumas pessoas podem apresentar piores condições de pele ao ficarem expostas ao ar contaminado", frisa Sampaio. "Isso acontece porque a sujeira não consegue capturar as impurezas, ácaros, filtros de bactérias e fungos que circulam pelo ar, fazendo com que essas partículas prejudiquem o ambiente e sejam inaladas pelas pessoas", explica.
Limpeza correta do aparelho requer atenção
Sampaio conta que a limpeza correta do aparelho de ar-condicionado demanda a atenção a uma série de elementos, o que reforça a necessidade do apoio de uma empresa especializada nesse tipo de serviço.
"Primeiramente, o técnico testa o aparelho para verificar se está em bom funcionamento. Depois, desconecta o ar-condicionado da tomada, remove sua tampa e os filtros", descreve. "Em seguida, o profissional coloca a lona ao redor do local do serviço, junto com o coletor e galão, e conecta a mangueira na saída de resíduo e na saída de água", completa.
O especialista explica que, depois disso, toda a área da serpentina é umedecida. Em seguida, o profissional aplica detergente para a higienização de toda a área interna, deixando-o agir por, aproximadamente, cinco minutos.
"Após isso, o técnico aplica uma segunda mão de água para enxágue. Então, o bactericida é aplicado e deixado em ação por mais cinco minutos, até que é feito um novo enxágue para a retirada dos produtos", detalha.
Ele explica que, para finalizar, todas as peças do ar-condicionado são remontadas. "Com um pano, o técnico aplica o produto na área externa, para remoção de resíduos de gordura, poeira e outros", afirma. "Terminada a limpeza, o ar-condicionado é testado e ligado imediatamente. Lembrando que é fundamental prestar a devida atenção ao aparelho a fim de garantir a saúde e o bem-estar de todos, seja em casa ou no trabalho", conclui.
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