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Argentina é o único país com voto contrário pelo fim da violência contra mulheres

14 nov 2024 - 17h18
(atualizado às 20h50)
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Nesta quinta-feira, 14, a Argentina se destacou nas discussões das Nações Unidas, repercutindo significativamente tanto no cenário internacional quanto na política interna. As votações sobre temas essenciais, como a prevenção da violência contra mulheres e meninas e os direitos dos povos indígenas, suscitaram debates fervorosos. Esta atuação reflete as mudanças políticas em curso no país, lideradas pelo novo governo.

Violência contra mulher
Violência contra mulher
Foto: depositphotos.com / Tinnakorn / Perfil Brasil

Uma importante votação na ONU destacou-se quando 170 países, incluindo Brasil e EUA, aprovaram uma resolução que busca combater a violência contra mulheres e meninas. A Argentina, contudo, optou por não apoiar a medida, o que gerou reações nas redes sociais, especialmente entre os argentinos. Esta decisão reflete o novo direcionamento da política externa do país sob a gestão de Javier Milei.

Qual foi a posição da Argentina em relação ao embargo a Cuba?

Outro ponto de divergência diplomática ocorreu na votação sobre o embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba. A resolução para o fim do embargo foi amplamente aprovada, com 187 votos favoráveis, mas a decisão da Argentina de apoiar o término do embargo gerou repercussões inesperadas. Apesar de apoiar a resolução, isso resultou na demissão de Diana, a então chanceler. Este evento marcou uma significativa mudança na política externa da Argentina.

A Argentina, sob a liderança de Gerardo Werthein no Ministério das Relações Exteriores, tem adotado novas diretrizes diplomáticas. A demissão de membros do governo e a possibilidade de uma auditoria na Chancelaria sinalizam a busca por alinhamento com certas características de democracias ocidentais. Essa reestruturação visa evitar agendas contrárias à liberdade, de acordo com o comunicado do gabinete presidencial.

Como as redes sociais refletem a reação do público?

Nas redes sociais, a resposta foi imediata e intensa. Muitos argentinos manifestaram indignação, descrevendo a situação como uma demonstração de fragilidade do governo de Milei na esfera internacional. Comentários críticos demonstram a divisão de opiniões sobre as ações do governo, revelando uma tensão crescente entre os apoiadores e detratores destas decisões políticas.

As recentes movimentações no cenário internacional colocam a Argentina em uma situação delicada. As decisões na ONU e a subsequente resposta do governo indicam a necessidade de ajustes na política externa. À medida que o novo governo busca firmar sua posição, as ações futuras serão determinantes para consolidar sua imagem tanto internamente quanto globalmente.

O cenário aponta para um período de transformações e redefinições na política externa da Argentina. Com a comunidade internacional de olho nos próximos passos do país, o governo Milei terá que equilibrar suas estratégias políticas com as expectativas e valores globais.

Perfil Brasil
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