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Argentina encerra busca por sobreviventes de submarino

30 nov 2017 - 21h09
(atualizado às 22h45)
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Marinha argentina anuncia fim da operação de resgate dos 44 tripulantes do ARA San Juan, por não acreditar que haja sobreviventes. Autoridades, no entanto, seguem procurando a embarcação, desaparecida há 15 dias.A Marinha da Argentina anunciou nesta quinta-feira (30/09) que não espera mais encontrar sobreviventes entre os 44 tripulantes do submarino ARA San Juan, desaparecido há 15 dias. Apesar de ter finalizado a operação de resgate, a força armada disse que segue a busca pela embarcação.

Familiares dos 44 tripulantes aguardavam notícias em base da Marinha argentina em Mar del Plata
Familiares dos 44 tripulantes aguardavam notícias em base da Marinha argentina em Mar del Plata
Foto: DW / Deutsche Welle

"Já se passou mais que o dobro de dias em que seria possível resgatar a tripulação", disse o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, em pronunciamento em Buenos Aires. Ele se referia à reserva de oxigênio disponível na embarcação, que seria suficiente para sete dias em média, dependendo da situação.

Leia também: O que torna tão difícil achar um submarino?

Balbi acrescentou que, "apesar da magnitude das buscas, não foi possível encontrar o submarino e não haverá mais resgate de pessoas". Ainda que sem esperança por sobreviventes, a Marinha disse que não encontrou vestígios de naufrágio ou de destroços da embarcação nas áreas que foram exploradas.

A procura pelo San Juan, ou pelo menos por vestígios dele, vai se concentrar agora no fundo do mar, informou o porta-voz, que aguarda agora a chegada de um dispositivo americano capaz de atingir uma profundidade de 6 quilômetros. A operação no Oceano Atlântico envolve 28 embarcações, nove aviões e 4 mil pessoas de um total de 19 países.

Familiares dos tripulantes, que deixaram a base naval de Mar del Plata em lágrimas após o anúncio, criticaram a decisão da Marinha de encerrar a operação. "Destruiu a mínima esperança que eu ainda tinha. Não entendo essa decisão arbitrária e injusta", disse Luis Tagliapietra, cujo filho estava no submarino.

Em entrevista a uma emissora argentina, o pai ainda reclamou sobre a forma como foi comunicado. Segundo ele, ao menos 12 famílias ficaram sabendo sobre o encerramento da operação por meio do pronunciamento da Marinha na televisão.

O submarino havia partido de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, em 13 de novembro, rumo ao seu posto na base naval de Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Dois dias mais tarde, em 15 de novembro, fez seu último contato com a base, reportando estar a 432 quilômetros da costa argentina.

No início desta semana, a Marinha revelou que, horas antes de perder a comunicação, a embarcação relatou entrada de água em seu interior, que teria molhado as baterias e provocado um curto-circuito e um princípio de incêndio, com fumaça, mas sem chamas. O problema foi corrigido, e o San Juan seguiu seu curso.

Cerca de três horas depois do último contato, foi detectado um som consistente com uma explosão numa área próxima ao local de desaparecimento do submarino. A Marinha concentrou suas buscas nessa região nos últimos dias, ainda sem sucesso.

Com 65 metros de comprimento e sete metros de largura, o San Juan é um dos três submarinos da frota argentina. Lançado em 1983, foi produzido pelo antigo estaleiro alemão Thyssen Nordseewerke. Entre 2007 e 2014, a embarcação passou por reformas que prolongaram seu uso por mais 30 anos.

EK/dpa/efe/afp/lusa/rtr

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

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