Assassinos de delator do PCC fugiram de ônibus municipal após executarem empresário
A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou imagens que confirmam que os executores do empresário Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), abandonaram o carro usado no crime, descartaram os fuzis e fugiram em um ônibus municipal. A execução ocorreu em 8 de novembro, na área externa do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.
O empresário foi atingido por dez disparos de fuzil e morreu no local. Um motorista de aplicativo também foi morto, e outras três pessoas ficaram feridas. A polícia ainda busca identificar os dois atiradores que aparecem nas imagens de câmeras de segurança do ônibus e pede que informações sejam enviadas ao Disque-Denúncia, pelo número 181.
Detalhes da investigação sobre a execução do empresário
As autoridades acreditam que pelo menos quatro pessoas participaram da execução. Entre elas está um "olheiro" identificado como Kauê do Amaral Coelho, que teria informado os atiradores sobre a chegada de Vinicius ao aeroporto. A polícia pediu a prisão de Kauê, que foi decretada pela Justiça. O suspeito está foragido, e uma recompensa de R$ 50 mil é oferecida por informações que levem à sua captura.
Segundo os investigadores, Vinicius havia desembarcado de um voo vindo de Alagoas, acompanhado de sua namorada e um segurança. Ele trazia joias entregues por um de seus devedores, que lhe devia R$ 6 milhões. Um carro preto, usado pelos criminosos, foi estacionado próximo a um ônibus da Guarda Civil Municipal. Após a chegada do empresário, os atiradores saíram do veículo encapuzados, dispararam e fugiram no mesmo automóvel.
O carro foi abandonado a três quilômetros do aeroporto, com os fuzis usados no ataque deixados próximos. A fuga continuou com os assassinos pegando um ônibus, onde câmeras de segurança registraram seus rostos.
Antes de ser morto, Vinicius havia fechado um acordo de delação premiada, homologado pela Justiça, no qual denunciou membros do PCC por lavagem de dinheiro e policiais por corrupção. As investigações consideram que o crime pode ter sido motivado pelas informações fornecidas por ele.