Ataque a tiros deixa seis mortos em desfile de rua nos EUA
Segundo a polícia, homem entre 18 e 20 anos disparou de um telhado com um rifle de alta potência enquanto ocorria uma parada em comemoração à independência dos Estados Unidos, na cidade de Highland Park, em Illinois.Ao menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque a tiros nesta segunda-feira (04/07) durante um desfile do Dia da Independência dos Estados Unidos na cidade de Highland Park, no estado de Illinois.
A polícia desencadeou uma operação de busca pelo autor dos disparos, mas, quatro horas após o tiroteio, ele ainda não havia sido detido. O suspeito é um homem branco entre 18 e 20 anos. Segundo a polícia, ele estaria armado e é "considerado perigoso". O comandante da polícia de Highland Park, Christ O'Neill, disse que um rifle usado pelo atirador foi recuperado.
O homem abriu fogo cerca de 10 minutos após o início do desfile, às 9h (horário local), provocando correria entre os participantes e espectadores. O evento tinha presença de políticos como o governador de Illinois, Jay Robert Pritzker.
De acordo com a polícia local, o atirador usou "um rifle de alta potência" e atirou de um telhado. O FBI pediu que qualquer pessoa que tenha vídeos do tiroteio ou possíveis informações sobre o atirador entre em contato.
Pelo menos 31 pessoas foram levadas a hospitais, a grande maioria com ferimentos a bala, mas algumas também com machucados provocados na correria desencadeada pelo tiroteio.
Testemunhas relataram ter ouvido mais de 20 tiros. Enquanto fugiam da rota do desfile, os participantes em pânico abandonaram cadeiras, carrinhos de bebê e outros objetos.
Highland Park tem cerca de 30 mil habitantes e fica a 40 quilômetros de Chicago. Em razão do atentado, outros desfiles e comemorações em cidades vizinhas foram cancelados.
Onda de massacres
Os EUA vivem uma nova onda de ataques a tiros. No mais midiático dos últimos tempos, um jovem de 18 anos, munido de uma arma de assalto, matou 19 alunos e duas professoras em uma escola primária em Uvualde, perto da fronteira com o México. Poucos dias antes, um supremacista branco, também de 18 anos, havia matado dez pessoas negras em Buffalo, no nordeste do país.
No final do mês passado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou uma histórica lei bipartidária sobre controle de armas. Embora tímido do ponto de vista dos democratas, é a primeira grande reforma federal sobre armas em três décadas e parecia inimaginável até a recente série de tiroteios em massa nos EUA.
Os Estados Unidos são o país com a maior quantidade de armas per capita do mundo e figuram entre as nações com o maior número de ataques a tiros por ano.
A assinatura de Biden ocorreu apenas dois dias depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos ampliar o direito ao porte de armas ao decidir que uma lei do estado de Nova York que limita o porte em espaços públicos é inconstitucional. A decisão teve placar de seis votos favoráveis - dos juízes conservadores do tribunal - e rejeitada pelos três juízes progressistas.
Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos americanos apoia mais controles para a compra de armas. Em 2022, a violência armada deixou mais de 20,8 mil mortos nos EUA, segundo dados da ONG Gun Violence Archive.
le (Lusa, EFE, ots)