Ataque em escola de SP: Polícia Civil ouve 32 testemunhas e investiga como plano foi elaborado
Uma professora foi morta e outras quatro pessoas ficaram feridas. Arma de air soft foi encontrada na casa de adolescente autor do ataque.
A Polícia Civil de São Paulo ouviu 32 testemunhas, entre educadores e alunos, que estavam presentes durante o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, que deixou uma professora morta e outras quatro pessoas feridas na manhã desta segunda feira, 27. O autor do ataque, um estudante de 13 anos, foi o último a ser ouvido e ainda prestava depoimento às 16h.
Segundo o delegado Marcos Vinicius Reis, do 34° DP, a residência do adolescente foi revistada ainda pela manhã. Lá, os policiais encontraram uma arma de air soft e máscaras parecidas com a que ele usou durante o ataque.
A polícia ainda investiga se o menino teve algum tipo de ajuda para realizar o ataque e se planejava também ferir membros da sua família e a si próprio. Ana Célia Ramos, uma das professoras atacadas, é a única envolvida no caso que ainda não foi ouvida pela polícia. Ela segue internada no Hospital das Clínicas.
Entenda o ataque na escola
O ataque cometido por um adolescente com um faca aconteceu por volta das 7h20 da manhã na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista. O garoto esfaqueou pelo menos quatro professoras e um aluno, segundo o governo de São Paulo.
O agressor do 8º ano do ensino fundamental, de 13 anos, foi apreendido e levado para uma delegacia. Segundo informações apuradas pelo Estadão na escola, o alvo principal do autor do ataque era um estudante com quem teria brigado na semana passada, mas esse colega não estava no local nesta segunda.
Imagens de câmera de segurança instalada em sala de aula mostram o momento em que o adolescente foi imobilizado e desarmado por uma professora de Educação Física.
Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, havia sido encaminhada em estado grave para o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Por volta das 10h30, a morte foi confirmada.
Professora de Ciência, ela foi uma das que agiram para separar os estudantes durante um conflito anterior. Elisabeth trabalhava havia pouco tempo no colégio e estava fazendo a chamada quando foi atingida pelos golpes.