Ataque israelense em Beirute deixa ao menos 11 mortos e 63 feridos
Alvo do bombardeio teria sido um comandante sênior do Hezbollah. Horas antes, aeronaves israelenses fizeram intensa ofensiva na capital do Líbano.Pelo menos 11 pessoas foram mortas e outras 63 ficaram feridas em ataque israelense que destruiu um prédio de oito andares no centro de Beirute na madrugada deste sábado (23/11), de acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do Líbano. De acordo com autoridades, o alvo do bombardeio era um alto funcionário do grupo radical libanês Hezbollah.
O centro de operações de emergência informou que o ataque, o segundo nos últimos meses ao bairro de Basta, também feriu 63 pessoas. Em um comunicado, o centro afirmou que "um grande número de partes de corpos" foi encontrado nos escombros, cuja identidade - assim como o número final de mortos - será determinada após testes de DNA.
As equipes de resgate ainda estão vasculhando a área enquanto o trabalho continua para limpar o local de "uma cratera profunda após o uso de bombas destruidoras de bunkers", de acordo com a agência de notícias local ANI, que falou de um "terrível massacre por aeronaves israelenses que destruíram um prédio residencial com cinco mísseis".
Alvo seria oficial do Hezbollah
"O ataque foi tão forte que sentimos como se o prédio fosse desabar em cima de nós", disse à AFP Samir, 60 anos, que mora em um imóvel em frente ao prédio que foi destruído. O homem relata que deixou sua casa acompanhado da esposa e alguns filhos. "Vimos dois cadáveres no chão, as crianças começaram a chorar e a mãe delas também estava chorando", acrescentou.
De acordo com um membro da segurança libanesa, não é possível saber se o alvo do ataque, cuja identidade não foi revelada, foi morto.
O ataque ocorreu no início da manhã, horas depois que jatos israelenses realizaram uma intensa ofensiva no sul de Beirute, um reduto do Hezbollah próximo ao aeroporto internacional da capital.
No dia anterior, Israel já havia atacado essa região, bem como o sul e o leste do Líbano, onde também se encontra a milícia xiita, contra a qual entrou em guerra aberta em setembro.
O Ministério da Saúde do Líbano afirma que mais de 3.650 pessoas foram mortas desde outubro de 2023, depois que o Hezbollah iniciou trocas de tiros com Israelem solidariedade ao seu aliado palestino Hamas, apoiado pelo Irã, durante a guerra em Gaza. A maioria dessas mortes ocorreu desde setembro deste ano.
sf (EFE, AFP)