Ataques contra jornalistas ameaçam liberdade de imprensa no México, diz SIP
A violência contra jornalistas e a impunidade desses delitos são as principais "preocupações" do panorama da imprensa mexicana, revelou neste domingo o relatório preliminar da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) sobre o país.
O documento, que deve ser aprovado pela assembleia da organização que está reunida em São Paulo, refletiu que além da "reiterada violência e da impunidade", o fracasso das leis de proteção dos profissionais de mídia, que "ficaram como letra morta", são os principais motivos de alarme.
Além disso, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) revelou que cerca de 70% dos ataques contra jornalistas ficam impunes, diz o relatório.
Segundo a CNDH, 82 jornalistas foram assassinados e 16 desapareceram no México desde 2000.
A jornalista mexicana Andrea Miranda explicou que o jornalismo de seu país deve ser concreto e objetivo, além disso, garantir que o profissional voltará à redação em condições seguras.
Além disso, Andrea se mostrou cética sobre as leis de proteção dos jornalistas, já que disse que a "intensidade da violência está na fronteira", nas províncias e nas zonas utilizadas pelas rotas do narcotráfico. EFE
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