Atentado no ES: atirador agiu normalmente e almoçou com os pais após o crime, diz polícia
Ataque aconteceu na sexta-feira, 25, em duas escolas da cidade e deixou quatro mulheres mortas e 13 feridos
A polícia ainda investiga a relação do adolescente de 16 anos, que matou 4 pessoas em Aracruz, no Espírito Santo, com grupos extremistas. O ataque aconteceu na sexta-feira, 25, em duas escolas da cidade e deixou 13 pessoas feridas.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 28, autoridades afirmaram que ele era um simpatizante, visto que tinha fotos com suásticas em seu celular, mas não há confirmação de participação em algum grupo.
As investigações apontam que o adolescente seguiu sua rotina normal depois do crime: voltou para casa, devolveu as armas do pai, usadas no crime para o lugar onde estavam, almoçou com a família e viajou para o litoral. Ele foi apreendido pela polícia na casa de praia.
Conforme as autoridades, o adolescente admitiu que planejou a ação por dois anos após sofrer bullying. No entanto, as vítimas teriam sido escolhidas de forma aleatória e os locais alvos dos crimes, por serem próximos a sua casa.
Filho de um policial militar, ele usou duas armas do pai, que eram guardadas em diferentes armários da casa onde moravam. O suspeito aproveitou uma saída dos pais para pegar as armas, cobriu as placas do veículo da família e dirigir até as escolas.
A Polícia Militar afirmou que o pai do jovem foi afastado do serviço operacional e que será alvo de um inquérito administrativo, que apurará as circunstâncias do acesso às armas.
Segundo a polícia, o adolescente fazia acompanhamento psicológico e psiquiátrico, e abandonou a escola em junho deste ano, com anuência da família.