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Atirado de Aracruz alega ter agido sozinho, mas polícia investiga se há mais envolvidos

Governador do Espírito Santo afirma que polícia apura se adolescente recebeu ajuda do pai para manusear arma, e se há envolvimento de grupos

27 nov 2022 - 21h22
(atualizado às 21h25)
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Carro da perícia recolheu corpos na escola
Carro da perícia recolheu corpos na escola
Foto: Reprodução/TV Gazeta

O adolescente de 16 anos que invadiu duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, e abriu fogo contra professores e alunos na última sexta-feira, 25, afirmou em depoimento que agiu sozinho. De acordo com o O Globo, a informação foi divulgada pelo governador do estado, Renato Casagrande, neste domingo, 27. 

O objetivo da investigação é saber se ele teve ajuda de outras pessoas ou até entidades extremistas para fazer o ataque, além da habilidade dele com o armamento utilizado durante o crime.  

“Ele disse que agiu sozinho, mas isso não é suficiente para a polícia. A polícia vai de fato fazer toda a investigação técnica. A investigação é que vai dizer como ele, com 16 anos, tinha tanta habilidade com armas e como ele conseguiu carregar e recarregar”, esclareceu o governador. 

De acordo com Casagrande, as autoridades também apuram como ele sabia como ele sabia dirigir e como teve acesso ao carro usado para chegar ao local. 

O adolescente é filho de um policial militar e, segundo as investigações, usou duas armas sob responsabilidade do pai, um revólver calibre .38 de propriedade privada e uma pistola calibre .40 que pertence à Polícia Militar, além de três carregadores. 

“A investigação que vai dizer como ele com 16 anos tinha tanta habilidade com armas e como ele conseguiu carregar e recarregar. Nós temos acesso ao seu telefone, aos seus computadores, aos interrogatórios, então é um processo de investigação para ver se ele tinha algum envolvimento com algum grupo de fora neonazista. [Sobre o pai,] a PM está no processo de investigação, mas é a Polícia Civil que vai dizer se de fato teve cumplicidade”, afirmou Casagrande.

Vítimas

Ao todo, quatro pessoas morreram, e 12 ficaram feridas. A primeira vítima identificada foi Maria Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos, era professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti. 

Já a segunda é Selena Zagrillo, de 12 anos, que estudava no 6º ano no Centro Educacional Praia de Coqueiral. O pai da menina chegou ao local momentos depois do ataque e tentou salvar a filha. A terceira é a professora Cybelle Passos Bezerra, tinha 45 anos, que trabalhava na Escola Primo Bitti. 

Mais uma vítima morreu no sábado, 26. Flávia Amboss Merçon Leonardo, era professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti, e estava internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra. 

O crime

Os disparos foram registrados na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, localizados na mesma região. O atirador apontado como autor do ataque foi identificado como um ex-aluno da escola estadual, que deixou a escola em junho deste ano.

Segundo as primeiras informações divulgadas pelo Capitão Alexandre, do 5º Batalhão da Polícia Militar, à TV Gazeta Norte, o adolescente invadiu a sala dos professores da escola e disparou contra as vítimas às 9h30. Dois professores morreram no local.

Na sequência, o atirador deixou o local de carro e seguiu para uma escola particular que fica na região. Na unidade, ele deixou outras cinco pessoas feridas e um aluno morto. Ainda de acordo com o capitão, ele fugiu no veículo em direção à orla.

Fonte: Redação Terra
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