Ativistas pró-Palestina cobrem obra de Picasso com imagem de Gaza
Os manifestantes colocaram uma fotografia impactante sobre "Maternidad"
Um ato de protesto chamou a atenção de visitantes na famosa National Gallery, em Londres, nesta quarta-feira, 9. Os ativistas do grupo Youth Demand fizeram uma intervenção audaciosa, buscando sensibilizar o mundo para uma causa que consideram urgente. Os manifestantes colocaram uma fotografia impactante sobre a obra "Maternidad", de Pablo Picasso, destacando a realidade de pessoas feridas em Gaza. Esta ação foi rapidamente interrompida pela segurança do museu, mas reacendeu o debate sobre o comércio de armas entre o Reino Unido e Israel.
No centro dessa manifestação está a campanha pelo fim do fornecimento de armas para Israel. Os ativistas do Youth Demand acusam o governo britânico de ser cúmplice nas tragédias ocorridas na Faixa de Gaza. Eles argumentam que o comércio de armas contribui para a continuidade do conflito na região, tendo sérias consequências humanitárias.
O protesto na National Gallery é apenas mais um entre vários atos organizados nos últimos tempos. Em julho deste ano, o mesmo grupo tentou interromper um discurso de rei Charles III para destacar suas angústias em relação à venda de armas. O sentimento de urgência é evidente nos gritos dos ativistas pedindo "Palestina livre".
Ativista palestina joga tinta vermelha sob a pintura "Maternidade", de Picasso, de US$ 24,8 milhões, em nome de Gaza.
A mulher, do grupo Youth Demand, gritou "Palestina Livre" na National Gallery de Londres. pic.twitter.com/gNjFn92zhI
— Elisabeth (@LinuxHelp2050) October 9, 2024
Qual foi a resposta da National Gallery e das autoridades aos ativistas?
A National Gallery, após o incidente, rapidamente emitiu um comunicado. Eles garantiram que a polícia agiu prontamente, prendendo os ativistas envolvidos, e que nenhuma obra de arte sofreu danos. O museu está comprometido em proteger suas valiosas coleções, mas o episódio levanta questões sobre a segurança em espaços culturais.
Os protestos em museus têm se tornado frequentes, com ativistas buscando visibilidade internacional para suas causas. A segurança tem sido reforçada, mas os episódios continuam a ocorrer, incitando discussões sobre liberdade de expressão e segurança em locais públicos.
Vale ressaltar que eventos anteriores, como o ataque à obra "Os Girassóis" de Vincent Van Gogh em 2022, demonstram que ativistas veem estes espaços dos museus como cenários ideais para chamar atenção para diferentes causas, sejam elas ambientais, sociais ou políticas. Enquanto o debate sobre a ética e a eficácia desses protestos continua, uma coisa é certa: as galerias de arte e museus tornaram-se arenas para a expressão de descontentamento social.