Ator Jaime Leibovitch fala sobre o Retiro dos Artistas: "passei a ter uma casinha"
Jaime Leibovitch, um renomado ator brasileiro, decidiu se mudar para o Retiro dos Artistas durante a pandemia, em busca de uma nova fase de vida. Aos 77 anos, a transição foi motivada por uma série de eventos pessoais desafiadores que culminaram no desejo de viver em um ambiente mais focado na coletividade.
O ator explicou que uma tragédia singular influenciou intensamente sua decisão. Leibovitch perdeu seu filho em um acidente, o que abalou profundamente sua percepção de vida e futuro. Anteriormente, ele já ponderava uma mudança para o retiro, pois enfrentava a pressão de sustentar um estilo de vida que já não correspondia aos seus valores.
Por que Jaime Leibovitch escolheu o Retiro dos Artistas?
O Retiro dos Artistas surgiu como uma opção viável para Leibovitch, permitindo-lhe viver com a aposentadoria, algo inviável em seu antigo lar em um apartamento no Flamengo. A mudança foi surpreendente, oferecendo, para sua surpresa, uma casa ao invés de uma pequena kitnet. Este novo lar ofereceu não apenas um espaço físico, mas um senso de comunidade que remeteu à sua juventude.
"A família que me constituiu não existe mais. A família que eu constituí não existe mais. Meu filho faleceu há seis anos. Ele tinha 46 anos e morreu em um acidente. Antes disso, eu já tinha pensado em ir para o retiro. Achava que ia ficar velho ou que já estava velho e que não aguentava viver essa vida de correr atrás de trabalho para pagar contas. Para mim, é algo absolutamente sem sentido: ficar correndo atrás de trabalho para pagar apartamento. Eu mereço viver da minha aposentadoria. E dá para eu viver com a minha aposentadoria no retiro. Não dá para pagar um apartamento no Flamengo, onde eu morava", contou no podcast "Retiro o que eu disse".
Uma vida comunitária
Leibovitch sempre valorizou a vida comunitária, algo que encontrou no Retiro dos Artistas. Sua vivência como um "ex-hippie" influenciou sua apreciação por esta forma de convivência, onde a divisão de espaço e responsabilidades era parte integral da rotina. Para ele, viver em comunidade representava um ideal de vida apreciado há muito tempo, e no retiro, ele encontrou este ideal realizado.
- Ambiente comunitário como estilo de vida
- Valorização do coletivo sobre o individual
- Memórias e experiências de vivências compartilhadas na juventude
Betty Faria sobre aposentadoria e o Retiro dos Artistas:
"Eu acho que, se me aposentar, morro de tristeza. Hoje já desacelerei. Fico com personagens mais leves. Sou tão feliz quando chego pra trabalhar. Fico pensando muito no Retiro dos Artistas. Nem todos tiveram a mesma sorte… pic.twitter.com/60l3BPCcIv
— Filomena Ferreto 🏳️⚧️ (@leocastromj1) December 1, 2024