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'Balthazar': Série policial francesa estreia no canal pago AXN

Trama conta a história de um médico legista que conversa com os mortos enquanto investiga crimes

15 jun 2022 - 08h10
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Sem pensar muito, quantas séries de investigação criminal existem na teledramaturgia? E o que elas têm em comum? Um policial sabichão muito sério com um drama familiar, uma investigadora durona, uma dupla de detetives que se apaixona logo no início da temporada, mas tem empecilhos que os afastam... Balthazar, série francesa que estreia nesta quarta-feira, 15, no canal pago AXN, tem um pouco de tudo isso.

O personagem que dá nome à produção é um médico patologista forense que, além de ser muito bom no que faz, tem um detalhe que o diferencia de todos os outros: sua capacidade de conversar com os mortos. Na verdade, não é bem assim, como explica o ator Tomer Sisley, que interpreta o protagonista, em uma entrevista que contou com a participação do Estadão. "Eles não são espíritos, são projeções, os mortos que falam com Balthazar não podem dizer a ele como morreram", deixa claro o ator. "Isso porque eles não estão conversando, ele está falando com ele mesmo." Um pouco confuso, mas de fácil compreensão.

Balthazar está acostumado a passar muito tempo no necrotério analisando corpos e realizando autópsias. Enquanto investiga possibilidades para as mortes e tenta ajudar na resolução dos crimes, o médico legista troca uma ideia com os mortos. Mas é como se estivesse conversando sozinho, como quando criamos diálogos imaginários em discussões que nunca aconteceram ou que imaginamos que um dia vai acontecer.

Por isso, os "mortos" não podem contar como morreram. No entanto, esses diálogos são mais uma forma que o personagem tem de investigar as circunstâncias e os culpados pelas tais mortes. A cada episódio, um caso precisa ser resolvido e quando isso acontece esses "fantasmas" desaparecem. Exceto uma antiga namorada, que está morta, mas segue batendo papo com ele em seu apartamento.

Balthazar tem um quê de Doutor House, já que é o mais sabichão entre os legistas que trabalham na polícia e está sempre se gabando disso. Mas também é divertido e um bom colega de trabalho. Sisley conta que é uma das coisas que o aproxima do personagem. "Nós somos engraçados", comenta o ator, que diz ter usado a experiência com stand up para compor o personagem. "A ideia era fazer algo com ele (Balthazar) que realmente se encaixasse em mim", lembra.

Trabalho em equipe

Sisley e os roteiristas da série trabalharam muito juntos, ele diz, escrevendo e reescrevendo cenas até que o personagem tivesse o tom e a cara que o ator gostaria de dar a ele, seguindo, claro, a ideia central da trama. "Ele é geek, eu também sou, ele não esquece as coisas", pontua algumas características comuns ao médico e ele.

Segundo o ator, ele e o personagem se assemelham em outros pontos. "Você me verá fazendo algumas coisas loucas, e eu faço essas coisa por diversão em minha vida", conta. "E eu acho que sou muito sensível também, e que a criança em mim não quer crescer nunca", continua enumerando as qualidades divididas entre os dois.

Diferencial

Mesmo que séries de investigação sejam muito comuns na televisão, algumas criando spin-offs variando o local onde os crimes acontecem e alguns membros das equipes de investigadores, Sisley afirma que um dos grandes diferenciais de Balthazar foi o processo.

"Não posso falar pelas outras (séries), mas nós não tivemos o mesmo investimento que uma produção americana, tivemos cerca de 10 vezes menos", comenta. Isso, segundo ele, já faz uma grande diferença. Eram cinco roteiristas e o trabalho, de alguma forma, foi horizontal entre ele e os escritores.

"Nós conversamos sobre para onde achávamos que a história deveria ir, compartilhamos ideias, escrevíamos um primeiro rascunho. Eu pegava essas ideias e reescrevia para caber no personagem do jeito que eu sabia que meu personagem era", afirma. "Eu sou sou mais engraçado que os roteiristas porque eu fiz stand up e eles não, mas eles sabiam como escrever uma história para gravar com o dinheiro que nós tínhamos, no tempo que nós tínhamos", explica. "Eu tentei adicionar humanidade e alguma comédia."

A história de Balthazar, sua companheira de trabalho, a inspetora-chefe Hélène Bach, vivida por Hélène de Fougerolles, e seus colegas na delegacia começa a ser apresentada nesta quinta no AXN, mas também pode ser vista no Globloplay, que já disponobiliza as quatro temporadas da série.

Estadão
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