Bancos, lojas, trens, metrô e aeroportos: como a greve afeta a Argentina?
O governo de Javier Milei, presidente da Argentina, enfrenta desde quarta-feira (30), um novo protesto e greve dos sindicatos mais combativos, como os transportes, com exceção da UTA, que cumprirá a medida de força por um período de 24 horas.
A partir da meia-noite não há trens, metrôs, aviões, barcos ou caminhões, o que inclui a coleta de lixo. Entretanto, alguns sectores como bancos e empresas, embora não parem, ainda poderão ser afetados pelos reveses logísticos que a greve implica. As informações são da Perfil Argentina.
Serviços afetados pela greve na Argentina
- Trens e Metrôs: não há serviços de trem de passageiros, metrô ou pré-metrô;
- Aeroportuário e marítimo: os voos são cancelados ou remarcados, e o transporte marítimo, incluindo navios, também é interrompido. Os serviços aerocomerciais em todo o país são afetados. Somente na Aerolíneas Argentinas são 27 mil passageiros afetados pela medida. São 263 voos remarcados e voos de longo curso, como os de Madri, Miami, Punta Cana e Roma, terão seus horários ajustados para não serem afetados.
- Caminhões: não há serviço de transporte rodoviário de cargas;
- Educação: aderiram à greve, incluindo professores e estudantes universitários, o que significa que não há aulas;
- Outros serviços públicos: embora a greve tenha estado principalmente relacionada com os transportes, outros serviços, como limpeza urbana, também foram afetados em algumas áreas e prevê-se o encerramento de ruas e manifestações que poderão afetar indiretamente o movimento e outros serviços públicos;
- Bancos e comércio: embora nem todos os serviços bancários e financeiros tenham parado, previa-se um impacto indireto na logística e na mobilidade, semelhante ao comércio eletrônico, que poderia ser abrandado pela dependência de outros serviços logísticos em greve.
Reação do governo da Argentina
O governo utilizou o aplicativo MiArgentina para questionar a greve e deixar aberta uma linha de reclamação para aqueles que são obrigados a parar contra a sua vontade.
Manuel Adorni, porta-voz de Javier Milei, questionou os sindicatos que apelaram às medidas contundentes, sustentando que "os privilegiados param, aqueles que podem dar-se ao luxo de parar".