Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Bebê morre aguardando transferência para UTI neonatal no RS

Falta de transporte atrasa internação de recém-nascida em estado crítico

9 jan 2024 - 12h12
(atualizado às 12h36)
Compartilhar
Exibir comentários

Um bebê recém-nascido, Laís Valentina de Moura Rodrigues, faleceu na madrugada de domingo (07) em Três Passos, após uma angustiante espera de mais de 12 horas por transferência para uma unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal. Laís nasceu no sábado (06), às 9h, no Hospital de Caridade de Três Passos, na região Noroeste do Rio Grande do Sul, e necessitava de cuidados intensivos imediatos devido a um quadro de infecção e insuficiência respiratória.

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

A busca por um leito de UTI foi iniciada através do sistema de Gerenciamento de Internações Hospitalares (Gerint) do Estado. Um leito em Erechim tornou-se disponível no início da tarde de sábado. Contudo, o transporte, terceirizado pelo Estado, e vindo de Passo Fundo, só chegou a Três Passos por volta das 16h. Dada a distância e a condição instável da bebê, a equipe avaliou que ela não resistiria às quatro horas de viagem até Erechim.

Mais tarde, às 18h, surgiu uma vaga na UTI neonatal do Hospital Vida e Saúde, em Santa Rosa, mas novamente enfrentaram-se problemas de transporte. Uma segunda equipe de Passo Fundo chegou apenas à 1h da madrugada de domingo, momento em que Laís veio a falecer.

Gabriel Wiltgen Rodrigues, pai de Laís, expressou profundo lamento e busca respostas para o que considera um grave erro no sistema de saúde. Ele destaca que, desde o nascimento, a necessidade de transferência era evidente para a sobrevivência da filha.

Clayton Braga Corrêa, presidente da Associação Pró-UTI Neonatal e Pediátrica do Rio Grande do Sul, ressalta a gravidade do caso e a crise na área infantil, apontando a falta de avanços no aumento de leitos de UTI neonatal nos últimos anos.

A Secretaria Estadual de Saúde, observando a Lei Geral de Proteção de Dados, não forneceu informações específicas sobre o caso, mas afirmou que o Estado não enfrenta falta de vagas em UTI neonatal. A Secretaria mencionou que, devido à demanda por equipamentos específicos, pode ocorrer demora na transferência de pacientes. A tragédia desencadeou um debate sobre a eficiência e a agilidade do sistema de saúde na regulação e no transporte de pacientes em estado crítico.

Porto Alegre 24 horas
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade