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Bolsonaristas protestam em frente à casa de Moraes

Magistrado suspendeu a nomeação do novo diretor da Polícia Federal que tinha sido definida pelo presidente Jair Bolsonaro

2 mai 2020 - 21h32
(atualizado em 3/5/2020 às 09h41)
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Um grupo de manifestantes pró-Bolsonaro fez um protesto neste sábado, 2, em frente ao prédio onde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem residência, em São Paulo - o magistrado suspendeu a nomeação do novo diretor da Polícia Federal que tinha sido definida pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes
06/02/2017
REUTERS/Adriano Machado
Ministro do STF, Alexandre de Moraes 06/02/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Com uso de um megafone, cerca de 20 manifestantes, com carros parados na calçada cobertos com a bandeira do Brasil, xingavam Moraes e pediam para que ele descesse até a rua. O ministro foi chamado de "comunista que não gosta de polícia" e que estava "com medo do Ramagem".

O Estado apurou que duas pessoas acabaram detidas pela Polícia Civil de São Paulo e que podem ser alvos processo por ameaça, calúnia, injúria e difamação. Procurado pela reportagem, o ministro não comentou o assunto.

As agressões e ameaças contra o ministro do STF têm origem em sua decisão tomada na quarta-feira, 29. Poucas horas antes da cerimônia de posse do novo diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro escolhido para ocupar o posto, Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação. A decisão liminar atendeu a um pedido apresentado pelo PDT após o governo baixar decreto confirmando a indicação.

De acordo com Moraes, as declarações anteriores dadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre a tentativa de interferências na autonomia da corporação, além da divulgação de mensagens trocadas com o ex-ministro e a abertura do inquérito no próprio Supremo para investigar as acusações, motivaram a necessidade de impedir a posse de Ramagem.

Estadão
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