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Bolsonaro diz que indica novo diretor da PF nesta segunda

Como mostrou o 'Estado', presidente avalia indicar o delegado Rolando Alexandre de Souza para chefiar a instituição

3 mai 2020 - 14h20
(atualizado às 15h40)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste neste domingo, 3, durante transmissão ao vivo, que nomeará novo diretor-geral da Polícia Federal nesta segunda-feira, 4, sem mencionar o nome do escolhido para ocupar o posto. Como mostrou ontem o Estado, Bolsonaro avalia indicar o delegado Rolando Alexandre de Souza para chefiar a instituição.

Presidente Jair Bolsonaro apoia manifestantes no Palácio da Alvorada neste domingo, 03
Presidente Jair Bolsonaro apoia manifestantes no Palácio da Alvorada neste domingo, 03
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Atual secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Investigação (ABIN), Rolando é próximo de Alexandre Ramagem, cuja nomeação ao comando da PF foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A afirmação foi feita durante live transmitida enquanto Bolsonaro prestigiava manifestação em Brasília a favor de seu governo e repleta de palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O presidente disse que não irá mais admitir o que chamou de interferência em seu governo e afirmou que as Forças Armadas estão ao lado do povo. Ao fim da transmissão, ele disse pedir a "Deus" para que não tenha problemas nessa semana, porque, segundo ele, se chegou ao "limite".

"Vamos tocar o barco, peço a Deus que não tenhamos problema nessa semana, porque chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço. Amanhã nomeados novo diretor da PF, e o Brasil segue seu rumo", disse o presidente.

A nomeação de Ramagem foi suspensa após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deixar o governo acusando Bolsonaro de interferir politicamente na PF. Neste sábado, Moro prestou depoimento em razão do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as declarações do ex-ministro.

Estadão
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