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Bolsonaro diz que Mendonça e Kassio representam renovação

Para o presidente, os ministros do STF simbolizam "20% daquilo que nós gostaríamos que fosse decidido e votado"

2 dez 2021 - 19h30
(atualizado às 20h11)
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André Mendonça e Jair Bolsonaro
André Mendonça e Jair Bolsonaro
Foto: Wagner Pires / Futura Press

Um dia após o Senado aprovar a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 2, que agora passa a ter 20% daquilo que gostaria dentro da Corte. Com o ex-ministro da Justiça e o ministro Kassio Nunes Marques, Bolsonaro já conseguiu emplacar dois magistrados na cúpula do Judiciário.     

"Foram aprovados dois nomes, duas pessoas que marcam renovação do Supremo. Todas as instituições devem ser renovadas", declarou o presidente durante a cerimônia de lançamento do auxílio-gás, no Palácio do Planalto. "Não mando nos votos no Supremo, mas são dois ministros que representam, em tese, 20% daquilo que nós gostaríamos que fosse decidido e votado", acrescentou.

A relação de Bolsonaro com o Supremo foi marcada por momentos de tensão, com críticas e até xingamentos a ministros, como a Alexandre de Moraes, chamado de "canalha" pelo presidente durante atos pró-governo no dia 7 de setembro.

No mês passado, horas antes de o Supremo obter maioria para barrar os repasses do orçamento secreto, Bolsonaro disse que o governo está em minoria na Corte. "Hoje eu tenho 10% de mim dentro do Supremo", afirmou o presidente na ocasião, numa referência a Kassio Nunes Marques, primeiro magistrado indicado por ele para compor o tribunal.

Indicado ao STF por ser "terrivelmente evangélico", Mendonça foi aprovado na quarta-feira, 1º, pelo Senado e tomará posse em 16 de dezembro, quando o tribunal voltará a ter 11 ministros. No discurso da quinta-feira, Bolsonaro também afirmou que "é direito" dos magistrados ter opiniões divergentes.

"Tínhamos o compromisso de evangélico ao Supremo, mas evangélico com enorme capacidade de conhecimento de origem. O voto foi secreto, agradeço senadores pelo entendimento de que André é pessoa adequada para ser ministro que não abrirá mão de jeito nenhum de defender nossa Constituição, democracia e liberdade", disse ainda o chefe do Executivo.

Estadão
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