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Bolsonaro ataca Lula e vê Moro "na história do Brasil"

Presidente fez o primeiro comentário público sobre o ministro após os vazamentos de mensagens entre Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato

13 jun 2019 - 12h04
(atualizado às 13h07)
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Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Justiça, Sergio Moro
11/06/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Justiça, Sergio Moro 11/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

No primeiro comentário público sobre o caso de vazamentos que envolveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quinta-feira, 13, que houve uma "quebra e invasão criminosa" e elogiou o ex-juiz federal, ao dizer que o que Moro fez enquanto magistrado "não tem preço".

"O que ele fez não tem preço. Ele realmente botou pra fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção. A Petrobras quase quebrou, fundos de pensão, muitos quebraram, o próprio BNDES, eu falei agora há pouco aqui, nessa época R$ 400 e poucos bilhões entregues para companheiros comunistas e para amigos do rei aqui dentro. Ele faz parte da história do Brasil", disse.

O presidente ainda afirmou que "ninguém forjou provas" no processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Normal é conversa com doleiro, com bandidos, com corruptos. Isso é normal? Nós estamos unidos do lado de cá para derrotar isso daí. Ninguém forjou provas nessa questão lá da condenação do Lula", disse, ao ser questionado se considerava normal a troca de mensagens entre um juiz e membros do Ministério Público.

Bolsonaro também questionou a veracidade das mensagens vazadas. "Se vazar o meu aqui, tem muita brincadeira que faço com colegas ali que vão me chamar de novo tudo aquilo que me chamavam durante a campanha. E houve uma quebra criminosa, invasão criminosa, se é que o que está sendo vazado é verdadeiro ou não", continuou o chefe do Executivo.

Bolsonaro e Moro foram juntos ao jogo entre CSA e Flamengo no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Os dois foram recebidos com aplausos por parte dos torcedores, o que foi destacado pelo presidente nesta quinta à imprensa. "Fui com ele ontem no Mané Garrincha e fomos aplaudidos. Quase que só acontecia lá atrás quando o Médici ia no Maracanã", disse.

"Olha só, ontem foi o Dia dos Namorados. Em vez de eu chegar em casa e dar um presente para a minha esposa, eu dei um beijo nela. Não é muito melhor? Eu dei um beijo hétero no nosso querido Sergio Moro. Dois beijos héteros. Fomos lá na Marinha com ele", lembrou Bolsonaro.

Estadão
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