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Bolsonaro diz que pode ser preso a qualquer momento: "É horrível"

26 fev 2025 - 09h14
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (25) que pode ser preso a qualquer momento. Durante entrevista ao "Leo Dias TV", ele foi questionado sobre a possibilidade de condenação e respondeu de forma direta. "É horrível. Mas eu não reclamo para a minha mulher, não reclamo para ninguém, eu vou enfrentar tudo", declarou. Em seguida, reforçou: "Eu posso ser preso amanhã cedo".

Metade dos brasileiros acredita que Bolsonaro tentou dar um golpe para se manter no poder, segundo Datafolha
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Foto: depositphotos.com / celsopupo / Perfil Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas sob a acusação de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A defesa do ex-presidente classificou a denúncia como "inepta" e alegou que se baseia em uma "única delação", referindo-se ao depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.

O que pesa contra Bolsonaro?

O ex-presidente responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo à vítima, e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia apresentada pela PGR envolve também ex-ministros e militares, além de assessores próximos de Bolsonaro. O caso segue sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na entrevista, o ex-presidente também fez críticas ao STF e disse que a Corte tem assumido um papel além do que deveria. "O Supremo ganhou uma função muito política. Não é função dele decidir sobre certas coisas", afirmou. Ele mencionou ainda sua expectativa de um julgamento com "imparcialidade".

Ainda nesta terça-feira (25), a defesa de Bolsonaro apresentou recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que negou um pedido para ampliar o prazo de resposta à denúncia da PGR. Os advogados alegam a complexidade do caso e argumentam que precisam de mais tempo para elaborar a defesa. A solicitação, no entanto, foi rejeitada pelo magistrado, mantendo o prazo determinado inicialmente.

Com isso, Bolsonaro segue sob pressão jurídica e política, enquanto seus advogados tentam reverter a situação e evitar que a denúncia avance para a fase seguinte do processo.

Perfil Brasil
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