Bolsonaro e Michelle são orientados a ficar em silêncio durante depoimento à PF, diz jornalista
Além do ex-presidente e da ex-primeira-dama, mais 6 pessoas irão depor hoje na sede da corporação sobre o caso das joias
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro elaboraram estratégias para o depoimento do casal à Polícia Federal (PF), que acontecerá nesta quinta-feira, 31, em Brasília.
De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, parte dos advogados defendem que o casal permaneça em silêncio, um direito garantido constitucionalmente aos depoentes.
No entanto, a estratégia não foi definida já que, segundo interlocutores, Bolsonaro é imprevisível. Os defensores dessa estratégia argumentam que Bolsonaro já falou sobre o caso das joias em outra oportunidade e que não se sabe o que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, contou à PF.
A PF vai ouvir o ex-presidente e a ex-primeira-dama, além de outras 6 pessoas relacionadas ao casal. Os investigadores apuram um esquema de venda ilegal de joias recebidas em viagens ao exterior.
Com os depoimentos simultâneos, os investigadores esperam evitar que os depoentes tenham acesso antecipado às perguntas e combinem respostas.
Motivos dos depoimentos
Michelle Bolsonaro foi convocada para esclarecer o comentário do assessor especial Marcelo Câmara, que indicou que uma das joias teria sido destinada a ela. A ex-primeira-dama reiterou aos advogados que não possui conhecimento sobre nenhum pacote. Há uma percepção de "revolta" diante da intimação de Michelle.
Por sua vez, Frederick Wassef, no caso das joias sauditas, passou a ser respaldado pelo casal Bolsonaro como alguém que estava simplesmente tentando auxiliar e cuja ação, apesar de atrapalhada, teria sido bem-intencionada.
Já Bolsonaro repetiu que, se algo aconteceu, ele não estava ciente.