Bolsonaro indiciado: ex-presidente poderá ser preso?
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ministro da Defesa, o general Braga Netto, e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid nesta quinta-feira (21) por tentativa de golpe de Estado.
Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) e relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
O significado de um indiciamento
O termo indiciamento refere-se a uma fase inicial do processo investigativo, na qual a polícia identifica e formaliza suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas. Durante esta etapa, elementos de prova são coletados e associados a pessoas específicas.
No caso brasileiro, as conclusões da PF indicam a suposta participação de Bolsonaro, Cid e Braga Netto em atividades golpistas contra a vitória de Lula em 2022.
Entretanto, isso não significa que eles são réus ou que tenham sido considerado culpados pela Justiça.
Próximos passos de Bolsonaro, Cid e Braga Netto
O material do inquérito da PF irá ao STF, à Procuradoria-Geral da República e depois voltará ao Supremo. A PGR pode pedir diligência adicionais. Durante este processo, Bolsonaro e os outros citados podem se tornar denunciados e réus pelos crimes analisados.
O veredito final é do Supremo Tribunal Federal. Primeiro, os ministros irão avaliar se o caso possui elementos mínimos. No chamado recebimento da denúncia, os acusados podem ser transformados em réus.
Se for o caso, o STF irá marcar o julgamento da ação penal. Os ministros votam, por maioria, na inocência ou culpa dos réus.
Por que este inquérito é importante?
A investigação da tentativa de golpe de Estado levanta questões significativas sobre a estabilidade democrática no Brasil e a proteção das suas instituições eleitorais. As descobertas incluem reuniões secretas, de conteúdo potencialmente golpista, lideradas por altos escalões, buscando manter o poder por meios não democráticos. Esta iniciativa investigativa reafirma o compromisso das autoridades brasileiras em investigar e prevenir ações que possam ameaçar o sistema democrático.