Bolsonaro pede liberação do passaporte para viajar a Israel
Defesa do ex-presidente apresentou convite assinado por Benjamin Netanyahu; análise do pedido está sob responsabilidade de Alexandre de Moraes
Na semana passada, os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro pediram ao Supremo Tribunal Federal a devolução do seu passaporte. O documento havia sido confiscado durante a operação Tempus Veritatis, ocorrida em 8 de fevereiro.
A solicitação seria para uma visita a Israel entre os dias 14 e 18 de maio. Os arquivos contam com um convite assinado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Este foi o segundo pedido de liberação enviado ao ministro Alexandre de Moraes pela defesa do ex-presidente.
Apesar de ter sido realizada antes de mais um escândalo na trajetória de Jair, a petição veio a público nesta quinta-feira (28). No começo desta semana, o jornal The New York Times divulgou vídeos de Bolsonaro na embaixada da Hungria em fevereiro.
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O político passou 36 horas no local após a mesma ação da polícia federal que confiscou seu passaporte. Moraes deu dois dias para Bolsonaro explicar as noites que passou na embaixada. Sua defesa entregou os arquivos ao STF, afirmando que a visita não foi motivada por uma estratégia de fuga.
A operação "Tempus Veritatis" apurou uma suposta tentativa de golpe de Estado, e confiscou o documento de Jair de forma preventiva, para que ele não saísse do país.
No dia 14 de fevereiro, um dos advogados já havia solicitado a devolução do passaporte, classificando a medida como "absurda". Alexandre de Moraes encaminhou a petição para a Procuradoria-Geral da República. Ainda não há data marcada para a análise da Primeira Turma do Supremo ou plenário da Corte quanto ao retorno do documento.