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Bolsonaro questiona imparcialidade do MP-RJ e cita tráfico 'hipotético' de filho de autoridade

Fala do presidente se deu em contexto de críticas à investigação contra seu filho, o senador Flávio Bolsonaro

1 jan 2021 - 19h25
(atualizado às 19h26)
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Ao comentar a investigação contra seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o presidente Jair Bolsonaro colocou em dúvida a imparcialidade do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). As declarações foram dadas em transmissão ao vivo feita via redes sociais na sexta-feira, 31, à noite.

Presidente Jair Bolsonaro em sua última live de 2020
Presidente Jair Bolsonaro em sua última live de 2020
Foto: Youtube/Reprodução / Estadão

Flávio foi denunciado pelo MP-RJ em 3 de novembro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa num processo que apura se ele se beneficiou de um esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O esquema acontece quando um servidor ou político fica com parte do salário de um funcionário do gabinete.

Ao falar sobre o caso, na sexta-feira, Bolsonaro questionou se o MP-RJ investigaria o filho de um integrante da cúpula da instituição supostamente acusado de tráfico de drogas. Segundo o presidente, trata-se de um "caso hipotético". "O que aconteceria, MP do Rio de Janeiro? Vocês aprofundariam a investigação ou mandariam o filho dessa autoridade para fora do Brasil e procurariam maneira de arquivar esse inquérito."

O presidente prosseguiu: "Caso hipotético, vamos deixar claro. Caso um filho de uma autoridade entrasse num inquérito da Polícia Civil do Rio e aí um delator tivesse falado que ele participava de tráfico internacional de drogas. O que aconteceria?". Bolsonaro também falou sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio apontado como operador do esquema e preso desde 19 de junho. "Quase todo dia tocam nesse assunto. Se ele errou, pague por seu crime."

No último dia 15 de dezembro, em entrevista à TV Bandeirantes, ele disse que sempre torceu por um processo "justo" contra seu filho, mas citou "vazamentos" à imprensa para argumentar que isso não ocorre. O MP-RJ não foi localizado para responder aos comentários.

Estadão
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