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Bolsonaro se baseou em 'entendimento pessoal' ao dizer que jornalista cometeu crime, diz porta-voz

Questionado, Rêgo Barros não soube dizer qual artigo do Código Penal Glenn Greenwald estaria infringindo ao publicar reportagens sobre diálogos de Sérgio Moro

29 jul 2019 - 23h03
(atualizado às 23h07)
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Brasília - O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro acusou o jornalista Glenn Greenwald de ter cometido crime com base em seu "entendimento pessoal". Rêgo Barros não respondeu se Bolsonaro teve acesso ao inquérito sobre hackers presos na Operação Spoofing. "O presidente tem se pronunciado no entendimento dele pessoal com relação a essa ação de hackers", disse.

O porta-voz leu uma nota na qual reforçou frases ditas pelo presidente Jair Bolsonaro, pela manhã. "'A intenção é atingir a Lava Jato, o ministro Sergio moro, atingir a minha pessoa (Jair Bolsonaro), tentar desqualificar e desgastar o governo'. Ele ressaltou ainda que invasão de telefone 'é crime e ponto final'", leu Rêgo Barros.

Mais cedo, Bolsonaro disse que Glenn "cometeu um crime" no caso da divulgação de mensagens atribuídas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e outras autoridades. "No meu entender, ele (Glenn) cometeu um crime. Em qualquer outro país, ele estaria já em uma outra situação. Espere que a Polícia Federal chegue realmente, ligue os pontos todos", disse Bolsonaro.

Diante de questionamentos de repórteres sobre qual crime Glenn teria cometido, já que ele não é formalmente investigado, o porta-voz perguntou: "Alguma dúvida que houve o cometimento de um crime?". Os repórteres perguntaram, novamente, qual crime teria Glenn cometido. "No todo, vocês têm que entender o contexto no todo", afirmou.

Rêgo Barros disse que, ao afirmar que um jornalista cometeu crime, "o presidente não colocou em xeque em momento nenhum a necessidade de liberdade de imprensa com a qual ele se associa in totum".

Estadão
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