Bolsonaro volta a criticar urna eletrônica e cita o Chile
Segundo o presidente, o pleito realizado em papel é mais seguro "dá margem zero para desconfiar"
O presidente Jair Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral brasileiro nesta quinta-feira, na sua live semanal, depois de usar as eleições no Chile, realizadas em papel, como exemplo.
Segundo Bolsonaro, no país em que o candidato de esquerda Gabriel Boric venceu as eleições, "quem ganhou, ganhou de verdade" e não há porque levantar suspeitas sobre o pleito.
"Dá margem zero para desconfiar", disse Bolsonaro. "É isso que queremos no Brasil: eleições limpas, democráticas e auditáveis."
O presidente havia parado de atacar as urnas eletrônicas desde setembro, e usava como justificativa o fato de que militares foram chamados para acompanhar o processo de certificação das urnas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inclusive nomeou o ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva como seu diretor-geral para as próximas eleições.
Bolsonaro ainda reclamou do que chama de interferências indevidas de "outro poder" no Executivo e "ataques a pessoas de bem". Também renovou as críticas ao que considera cerceamento da liberdade de expressão, citando a desmonetização de páginas de blogueiros bolsonaristas.
"São o tempo todo interferências indevidas no Poder Executivo", disse.
"Podíamos estar muito melhor se não tivesse algumas pessoas nos atrapalhando."