Script = https://s1.trrsf.com/update-1734029710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Brasil registra menor mortalidade por Aids em 2023, apesar do aumento de casos

País registrou 3,9 óbitos por 100 mil habitantes

13 dez 2024 - 05h28
(atualizado às 07h32)
Compartilhar
Exibir comentários
HIV
HIV
Foto: depositphotos.com / VadimVasenin / Perfil Brasil

Em 2023, o Brasil registrou a menor taxa de mortalidade por Aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. Esse cenário reflete uma melhoria significativa na gestão da doença, mesmo com o aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação a 2022. Esse crescimento está diretamente relacionado ao aumento da capacidade de diagnóstico, permitindo identificar mais casos de forma precoce.

A detecção precoce tem sido fundamental para o controle da doença, como demonstram os dados regionais. A região Norte lidera em taxa de detecção com 26%, seguida de perto pelo Sul, com 25%. Cidades como Boa Vista, Manaus e Porto Alegre destacam-se entre os locais com maiores taxas de detecção, revelando a necessidade de uma abordagem rápida e eficaz no combate ao HIV nestas áreas.

Perfil epidemiológico da Aids e iniciativas de testagem

O perfil dos casos de Aids no Brasil em 2023 indica que cerca de 27 mil incidências foram registradas entre homens. A faixa etária mais afetada é de 25 a 29 anos, seguida de perto pela de 30 a 34 anos. Para enfrentar essa realidade, o Sistema Único de Saúde (SUS) implementou a distribuição de 4 milhões de testes rápidos DUO HIV/sífilis, uma tecnologia que permite a identificação simultânea de ambas as infecções com uma única gota de sangue.

Essa inovação não só melhora a cobertura de testes no pré-natal, mas também facilita o acesso ao tratamento, permitindo ações preventivas mais eficazes. A capacidade de realizar diagnósticos mais precoces teve um impacto direto na redução da mortalidade, reforçando a importância de estratégias integradas de saúde pública.

Prevenção e tratamento: como funciona a PrEP?

A Profilaxia Pré-Exposição, conhecida como PrEP, é uma das estratégias mais eficazes de prevenção ao HIV, disponível no SUS desde 2017. Com uma proteção de até 99% contra o vírus, a PrEP tornou-se essencial para evitar a infecção em pessoas HIV-negativas. O uso do comprimido diário proporciona uma barreira segura para aqueles em maior risco de exposição ao HIV.

O pediatra infectologista Renato Kfouri destaca ao g1 que a maior acessibilidade aos testes, junto ao uso da PrEP, foi determinante no reconhecimento de novos casos de HIV. Este reconhecimento precoce é crucial, pois permite que o tratamento comece antes que a doença progrida, resultando em uma melhor qualidade de vida para os indivíduos diagnosticados.

A transmissão do HIV pode ocorrer de várias maneiras. As relações sexuais desprotegidas são a via mais comum, mas o vírus também pode ser transmitido pelo compartilhamento de seringas contaminadas. Além disso, sem as devidas medidas preventivas, a transmissão de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação é possível.

Estratégias de prevenção no Brasil

No combate ao HIV, o Brasil adotou uma abordagem de prevenção combinada, integrando várias estratégias para atender às diferentes necessidades de seu público. Entre as principais ações estão a distribuição de preservativos e os programas de profilaxia, como a PrEP e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que devem ser utilizadas em até 72 horas após possível exposição.

  1. Preservativos: Primeira linha de defesa contra a transmissão sexual do HIV.
  2. PrEP: Usuário toma medicamento profilático diário para prevenir infecção.
  3. PEP: Terapia antirretroviral após exposição potencial ao vírus.

Essas ações refletem o compromisso do Brasil com a eliminação da transmissão vertical do HIV até 2030, alinhado com as metas da Organização Mundial da Saúde.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade