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Entrega de combustíveis melhora mas ainda é ruim, diz ANP

29 mai 2018 - 07h45
(atualizado às 08h29)
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Posto de gasolina sem combustíveis durante greve dos caminhoneiros no Rio de Janeiro 24/05/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Posto de gasolina sem combustíveis durante greve dos caminhoneiros no Rio de Janeiro 24/05/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O abastecimento de combustíveis apresentou melhoras pelo País com a redução do movimento de paralisação dos caminhoneiros, mas a situação ainda está longe do ideal e deve demorar pelo menos uma semana para voltar ao normal, disse nesta terça-feira o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Aurélio Amaral.

Segundo o diretor da ANP, há uma maior fluidez de abastecimento em grandes cidades como Rio de Janeiro e Brasília, depois que algumas associações de caminhoneiros responsáveis pelo movimento recomendaram o fim da paralisação após um pacote de medidas do governo em atendimento a demandas da categoria.

Também contribuiu para a melhora no abastecimento de combustíveis a realização de escoltas de tropas federais a caminhões-tanques por todo país.

"A situação está melhorando. No RJ já há postos com algum combustível. Em Brasília já não há mais bloqueio nas bases de distribuição, com caminhões saindo em comboios e postos já abastecendo", disse o diretor da ANP à Reuters.

"Dependendo da logística de cada lugar, volta ao normal em cerca de uma semana, mas em alguns lugares até mais de uma semana", acrescentou.

Apesar da melhora, ainda há locais onde a situação é considerada delicada em termos de abastecimento de combustíveis. Uma grande preocupação das autoridades é com o Porto de Suape, um polo importante para a Região Nordeste.

"Lá em Suape a situação ainda é crítica e continua ruim também em Minas, Rondônia, São Paulo, Roraima, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Sergipe", acrescentou o diretor, que disse esperar uma melhora ao longo do dia.

No Rio de Janeiro, os militares que assumiram o fluxo de entrada e saída da caminhões-tanque da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), diversas escoltas estão sendo feitas tanto de cargas de combustível como de alimentos. De madrugada, 300 caminhões de alimentos foram escoltados para as centrais de distribuição de gêneros alimentícios, que estavam em falta em mercados, bares e restaurantes.

De acordo com o gabinete de intervenção federal na segurança pública do RJ, foram escoltados mais de 125 caminhões-tanque no Estado desde domingo.

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