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Ação visa prender 22 PMs que faziam 'tour da propina' no Rio de Janeiro

Agentes são investigados por corrupção e associação criminosa em Nova Iguaçu

7 nov 2024 - 12h14
(atualizado às 13h03)
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Resumo
Operação Segreto do MPRJ investiga 22 policiais militares do 20° BPM por extorsão, que realizavam 'tour da propina' em diversos comércios de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.
Corregedoria da Polícia Militar e MPRJ realizaram operação nesta quinta-feira, 7
Corregedoria da Polícia Militar e MPRJ realizaram operação nesta quinta-feira, 7
Foto: Reprodução/TV Globo

A Corregedoria da Polícia Militar e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam, nesta quinta-feira, 7, a Operação Segretto, que tem como alvo 22 policiais militares, investigados por extorsão. De acordo com os promotores, os homens que serviram no 20° BPM (Mesquita) faziam um “tour da propina” em Nova Iguaçu, recolhendo dinheiro, e até cerveja e frutas.

No total, 22 policiais são alvos da operação, sendo que dois estão foragidos. Outros 20 foram presos.

A denúncia do MPRJ afirma que 54 estabelecimentos eram visitados pelos policiais em sequência, para que eles recolhessem a propina. “A investigação apurou que as guarnições realizavam um ‘tour da propina’ em Nova Iguaçu, visitando em sequência dezenas de comércios para arrecadar dinheiro ilicitamente”, diz o MPRJ.

Os militares quebravam ou manipulavam as câmeras corporais para não serem gravados fazendo ameaças e nem recolhendo a propina.

A investigação começou após uma denúncia anônima relatando que policiais do 20° Batalhão estariam recolhendo propina em uma loja de reciclagem de materiais no bairro Miguel Couto, em Nova Iguaçu. Eles passaram a ser monitorados e foi verificado que não só várias guarnições do batalhão praticavam o crime recebendo valores do estabelecimento, mas praticavam o crime em diversos outros comércios de diferentes tipos.

O procedimento acontecia sempre da mesma forma, às sextas-feiras: os policiais denunciados paravam brevemente a viatura nos estabelecimentos, alguém se aproximava e entregava o dinheiro; ou um dos policiais desembarcava e entrava no comércio, ficando poucos minutos antes de retornar à viatura e sair do local.

Em geral, eram estabelecimentos de reciclagem e ferros-velhos, mas também distribuidores de gás, lojas de construção, entre outros. Além de quantias em dinheiro, a investigação flagrou os policiais recolhendo engradados de cerveja em depósitos e até frutas em um hortifruti.

Fonte: Redação Terra
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