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Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa conheceu irmãos Brazão em criadouro de passarinhos

Delação homologada pelo STF aponta que reuniões de criadores começaram em 1999

28 mai 2024 - 12h58
(atualizado às 13h15)
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Resumo
Em delação, Ronnie Lessa diz que conheceu os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão nas reuniões de criadores de passarinhos, ocorridas desde 1999.
Foto: Reprodução/TV Globo

Ronnie Lessa, acusado de ser um dos executores do assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes, afirmou em depoimento conheceu os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão durante encontros com criadores de passarinhos. 

De acordo com a delação do acusado, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as reuniões de criadores começaram em 1999. Como Chiquinho também criava aves, a Polícia Federal (PF) entende essa é uma das situações que comprovam a ligação de Ronnie Lessa com os irmãos Brazão, conforme informado pelo jornal O Globo.

Os detalhes da delação foram tema no Fantástico, da TV Globo, no domingo, 26. Esta foi a primeira vez que Lessa admitiu ter praticado o crime que resultou na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. 

As duas horas de depoimento gravado incluem a informação de quem são os mandantes, o que Lessa receberia pelo crime e o destino da arma usada no ataque, em 14 de março de 2018.

Segundo a reportagem, o pagamento pelo atentado seriam loteamentos clandestinos na Zona Oeste do Rio de Janeiro, avaliados em milhões de reais. A oferta dos irmãos Brazão seria para Lessa e um dos comparsas, Macalé (apelido do ex-PM Edimilson de Oliveira).

"Foi construído um criatório de passarinhos que é uma reprodução de curiós e bicudos na área ali próximo onde seriam os condomínios, na área da Chacrinha. Foi quando eu os conheci", conta Lessa.

A PF considera o hobby de Chiquinho Brazão de criar pássaros como explicação para a ligação com Macalé. Mas, em seu relatório, a Polícia Federal explicou que não encontrou elementos que comprovem a presença de Domingos Brazão ou de Ronnie Lessa nos eventos.

Ao Globo, o advogado Cléber Lopes, que defende Chiquinho Brazão, disse não haver lementos que sustentem essa versão: “Em verdade, há inúmeros elementos e circunstâncias que a desmentem. A versão de Ronnie Lessa é uma desesperada criação mental na busca por benefícios. São muitas as contradições, fragilidades e inverdades, as quais ficam mais claras a cada diligência e serão ponto a ponto demonstradas na defesa que será apresentada."

Também ao jornal, os advogados Marcio Palma e Roberto Brzezinski, que defendem Domingos Brazão, disseram que “não existem elementos que sustentem a versão de um assassino confesso”. “O próprio relatório da Polícia Federal, em várias ocasiões, admite não haver provas da narrativa apresentada pelo inidôneo colaborador. A fantasiosa versão de Ronnie Lessa é repleta de contradições e fragilidades que ficarão ainda mais evidentes à medida que forem submetidas à criteriosa análise do STF”.

Fonte: Redação Terra
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