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Advogado: não há possibilidade de extradição de senador boliviano

26 ago 2013 - 19h04
(atualizado às 19h08)
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O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
Foto: EFE

O advogado Fernando Tibúrcio, representante do senador boliviano Roger Pinto Molina, que fugiu da Bolívia para o Brasil depois de 454 dias trancado na embaixada do Brasil à espera de um visto de saída, afirmou nesta segunda-feira que não há possibilidade de seu cliente ser extraditado. “É impossível isso (a extradição). Não tem a menor possibilidade, não tem nenhum embasamento legal para isso”, disse.

O defensor afirmou que Molina é um exilado político. “Foi concedido asilo político para ele, então ele continua na condição de asilado."

Conforme Tibúrcio, o senador boliviano vive no Brasil a mesma situação que o analista de inteligência Edward Snowden, que revelou operações secretas dos Estados Unidos, passa na Rússia, onde está exilado. “Ou mesmo a que tem Julian Assange (fundador do Wikileaks) no Equador (asilo). É exatamente a mesma situação dele”, afirmou o advogado.

Molina cruzou a fronteira do Brasil no último sábado, ajudado pelo diplomata Eduardo Saboia. Oposicionista ao governo Evo Morales, Molina vivia desde 8 de junho de 2012 como asilado na embaixada brasileira na Bolívia, sob alegação de perseguição política. O país vizinho afirma que Molina pediu o asilo para deixar de responder na Justiça a crimes de danos econômicos ao Estado.

Com ajuda de brasileiros, Molina deixou La Paz de carro e seguiu até Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde pegou um avião para se deslocar até o aeroporto de Brasília. A ajuda com o avião particular partiu do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. 

Depois de divulgada a operação secreta para transportar o boliviano, o Itamaraty publicou uma nota informando que abriria inquérito para investigar o episódio e tomaria medidas disciplinares cabíveis.

Fonte: Terra
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