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Advogados de Lula pedem desbloqueio de bens a Moro para bancar "ampla defesa"

27 abr 2018 - 18h33
(atualizado às 18h42)
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta sexta-feira um pedido ao juiz Sérgio Moro para que determine o desbloqueio de bens do petista a fim de garantir a ele direito a ampla defesa nos processos a que responde.

Ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva em protesto no sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo do Campo, Brasil
07/04/2018
REUTERS/Leonardo Benassatto
Ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva em protesto no sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo do Campo, Brasil 07/04/2018 REUTERS/Leonardo Benassatto
Foto: Reuters

No ano passado, Moro e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) tomaram uma série de decisões em que congelaram recursos de Lula. O petista está preso desde o dia 7 para cumprir pena no processo do tríplex do Guarujá (SP), em que foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Na petição, os advogados do ex-presidente alegam que ele não dispõe de "qualquer recurso" que possa garantir o exercício do direito fundamental à ampla defesa. Dizem que há necessidade de contratação de técnicos de diversas áreas, em razão das perícias que estão sendo realizadas e bancar o deslocamento deles, advogados e demais envolvidos.

"Como viabilizar essa defesa --na extensão promovida pelo texto constitucional, insista-se-- se este juízo e a Fazenda Nacional bloquearam todos os recursos do primeiro peticionário?", questionam os advogados. Eles citam, a título de custos, que há 28 audiências marcadas que envolvem o ex-presidente.

"Indubitável que o bloqueio de todos os bens e valores dos peticionários --todos de origem comprovadamente lícita, insista-se-- está impedindo o pagamento de custos inerentes à defesa, como exposto acima, além da própria subsistência do primeiro peticionário e de sua família, o que é incompatível com as garantais constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 1º, LV)."

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