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Afastado por denúncia de vereador, médico cubano volta a trabalhar na BA

Segundo comissão, denúncia foi motivada por diferenças culturais, já que médico indicou quantidade diária, e não de cada dose do medicamento

22 nov 2013 - 16h15
(atualizado às 16h19)
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A prefeitura de Feira de Santana (BA) decidiu reintegrar ao sistema de saúde do município o profissional cubano integrante do programa Mais Médicos, do governo federal, afastado na última quarta-feira, após denúncia de um vereador. José Carneiro (PSL) acusava o médico de prescrever uma superdosagem do medicamento Dipirona a uma criança, o que, segundo a Secretaria de Saúde do município, não foi comprovado. Após o esclarecimento do caso, Isoel Gomez Molina deve voltar às atividades normais na próxima segunda-feira.

Segundo a secretaria, Molina atuava na unidade do Programa Saúde da Família, no bairro Viveiros, e foi afastado preventivamente até que o caso fosse esclarecido. De acordo com a denúncia do vereador, o médico teria prescrevido a aplicação de 40 gotas de Dipirona para o paciente, quando o ideal seria uma dose de 10 gotas.

Porém, uma comissão formada por representantes do Ministério da Saúde - responsável pelo programa Mais Médicos -, da Secretaria de Saúde do município, da Coordenação Estadual do programa e o tutor do médico cubano constatou que não houve erro no procedimento adotado. "As 40 gotas indicadas não eram para ser ministradas em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, como consta na receita, desde que a criança sentisse dor ou apresentasse um quadro febril, e (o médico) explicou detalhadamente à mãe da criança que seriam dez gotas, apenas, por vez", diz a prefeitura, em nota. A mãe da criança, Gilmara dos Santos, confirmou à comissão que o médico a orientou sobre o fracionamento das doses.

Na avaliação da prefeitura, a denúncia foi motivada por uma diferença cultural, já que "o médico prescreveu a dose diária, como é comum onde trabalhou, e não fracionada, comum no Brasil". "Tudo foi devidamente esclarecido", disse a secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, que ressaltou o fato de a mãe do paciente ter garantido a boa orientação passada pelo médico. Também pesou na decisão, segundo a secretária, um abaixo-assinado com dezenas de assinaturas enviadas pelos moradores de Viveiros, pedindo que o médico continuasse atendendo na região.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Terra
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