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Alckmin admite que prisão de ex-governador tucano Beto Richa fragiliza PSDB

11 set 2018 - 12h16
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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira que haja investigação das denúncias que levaram à prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa, também tucano, mas admitiu que o episódio fragiliza o seu partido.

Candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, durante sabatina em São Paulo
06/09/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, durante sabatina em São Paulo 06/09/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

"Nós defendemos primeiro investigação, isso vale para todo mundo, todos os partidos. Defesa intransigente da Lava Jato. Vamos aguardar, eu acho que o que a população deseja é que haja justiça. Eu não tenho conhecimento desses fatos, mas vamos aguardar, eu acho que sempre apoiar o trabalho de investigação e confiar na Justiça", afirmou o ex-governador, que também é presidente nacional do PSDB, a jornalistas após participar de sabatina promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT.

Ao ser questionado se isso afeta a sua campanha ao Planalto, Alckmin não respondeu, mas admitiu que pode haver impacto sobre o seu partido.

"Claro que isso fragiliza o partido, aliás eu acho que todos os partidos estão fragilizados, por isso eu tenho sempre destacado a questão da reforma política, nós precisamos fazer a reforma política", declarou, acrescentando que o PSDB até poderia apurar os assuntos paralelamente à Justiça, mas que já há outros órgãos fazendo isto.

Richa, que é candidato a uma vaga ao Senado pelo Paraná, foi preso na manhã desta terça-feira pela polícia ao lado de sua mulher, de um irmão e de aliados em operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado para investigar suspeita de direcionamento de licitação e pagamento de propina.

Também nesta terça-feira, o ex-chefe de gabinete de Richa foi alvo de mandado de prisão no âmbito da operação Lava Jato por um outro esquema de corrupção, este envolvendo suspeita de pagamento de propina por parte da empreiteira Odebrecht a agentes públicos e privados do Paraná no ano de 2014, quando Richa era o governador.

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