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Alckmin vê sinais de alta em sua campanha e diz que ninguém está garantido no 2º turno

13 set 2018 - 14h16
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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou que sua campanha já mostra sinais de crescimento e ressaltou que ninguém pode se sentir já garantido no segundo turno, uma vez que o pleito deste ano está embolado e será decidido na reta final.

Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin
09/09/2018
REUTERS/Nacho Doce
Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin 09/09/2018 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

"Está claro que está embolado o segundo lugar, mas nós estamos crescendo e com rejeição caindo", disse. "Vou conquistar o eleitor com mensagens fortes sobre recuperação de emprego, dizendo que não tem caminho sem reformas. Temos hoje um populismo de esquerda e um de direita", criticou, ao se referir aos adversários Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

"A prioridade do PT não é o Brasil e sim o Lula, que está querendo usar a política para escapar da Justiça. O PT enganou o povo porque sabia que o Lula não poderia ser candidato", atacou.

Apesar de falar em sinais de crescimento, Alckmin não tem conseguido sair do grupo de candidatos que brigam pelo segundo lugar na corrida presidencial. Enquanto Bolsonaro aparece com uma liderança folgada, quatro candidatos estão em empate técnico no segundo lugar: Alckmin, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Haddad. [nL2N1VX00A][nL2N1VX20L]

Alckmin, que tem praticamente metade de todo o tempo do programa eleitoral no rádio e na TV, aposta nessa vantagem e no histórico de que muitos eleitores deixam para escolher seu candidato em cima da hora.

"Ninguém está garantido no segundo turno, nem o Bolsonaro", disse Alckmin em sabatina promovida pelos jornais O Globo e Valor Econômico e pela revista Época.

"As últimas eleições foram decididas nos últimos 15 e até sete dias... tem gente que muda até no dia... acho que está totalmente aberto", avaliou. "O eleitor medita, reflete, ouve sabatinas e decide o voto."

O tucano reiterou que votar em Bolsonaro pode acabar por favorecer o PT nas eleições presidenciais. Ele argumenta que Bolsonaro tem um nível de rejeição alto e com grandes chances de perder no segundo turno para os principais candidatos, inclusive o do PT.

Alckmin admitiu que os partidos políticos no Brasil estão muito fragilizados depois de tantas denúncias e escândalos, inclusive o PSDB. Por isso, durante boa parte da sabatina defendeu a reforma política e a definiu como "a mãe das reformas" que levarão o país ao crescimento sustentado, juntamente com as reformas previdenciária e tributária.

"Ninguém vai votar em partido hoje é obvio e evidente; vai ser sim nas pessoas", avaliou o ex-governador de São Paulo, que procurou destacar na sabatina o que classificou de avanços na segurança e na educação nas quatro vezes que comandou o Estado mais importante do país.

DIESEL

O ex-governador paulista considerou equivoca a política de subsídio ao óleo diesel, que vai vigorar até o fim do governo Temer, e não falou em dar continuidade a ela caso seja eleito.

"Eleito, nós vamos analisar a questão (do subsídio), mas o que eu defendo é que haja um colchão tributário e tornar o combustível mais barato trazendo o setor privado, acabando com o monopólio do refino da Petrobras", disse.

Alckmin explicou que pretende, em seu eventual governo, autorizar ajustes no preço dos combustíveis em intervalos de 30 a 60 dias, e, criar um colchão para amortecer impactos da oscilação do dólar e do barril do petróleo sobre a formação do preço interno dos derivados.

A pressão nos custos decorrentes dos preços do diesel foi um dos motivos que levou os caminhoneiros a uma grande greve em maio, que parou o Brasil e obrigou o governo a adotar medidas para encerrar a paralisação. Uma dessas medidas foi a adoção de uma política de subsídio ao diesel que pode custar aos cofres públicos até 10 bilhões de reais.

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