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Anvisa diz que está em contato com AstraZeneca sobre reação adversa em teste de vacina contra Covid-19

9 set 2020 - 14h31
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira que está em contato com o laboratório britânico AstraZeneca para ter acesso à totalidade das informações sobre o evento adverso que levou a empresa a suspender os testes de sua candidata a vacina contra a Covid-19, e confirmou que não há relato de problemas entre os voluntários brasileiros do ensaio clínico.

Unidade da AstraZeneca nos EUA
09/09/2020
REUTERS/Brian Snyder
Unidade da AstraZeneca nos EUA 09/09/2020 REUTERS/Brian Snyder
Foto: Reuters

"No Brasil, não há relato de eventos adversos graves em voluntários. A Anvisa já está em contato com o laboratório AstraZeneca para o acesso à totalidade das informações e interlocução com outras autoridades de medicamentos no mundo", disse a Anvisa em nota, atualizando comunicado divulgado logo após o anúncio da AstraZeneca na véspera.

A agência disse que foi informada pelo laboratório sobre a suspensão uma vez que o Brasil é um dos países que participam do estudo global, e acrescentou que o objetivo da interrupção é verificar se, de fato, o efeito inesperado encontrado em um voluntário no Reino Unido tem relação com a vacina aplicada.

A vacina desenvolvida pela AstraZeneca, em parceira com a Universidade de Oxford, do Reino Unido, é tida pelo governo brasileiro como uma das principais apostas para a imunização contra o Covid-19 no país.

O Brasil, por meio do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz, assinou um memorando de entendimento com a AstraZeneca que prevê a compra de 30 milhões de doses da vacina, com entrega em dezembro deste ano e janeiro do ano que vem, e a possibilidade de aquisição de mais 70 milhões se a vacina tiver eficácia e segurança comprovadas.

Além disso, o acordo inicial prevê a transferência da tecnologia para produção local na Fiocruz, com previsão do ministério de início ainda no primeiro semestre de 2021 --o que foi colocado em dúvida por especialistas ouvidos pelas Reuters devido à complexidade do processo de transferência de tecnologia.

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