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Após embates e decisão polêmica de Lira, Câmara define demais nomes da Mesa Diretora

3 fev 2021 - 13h03
(atualizado às 14h06)
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A Câmara concluiu a eleição dos demais integrantes da Mesa Diretora da Casa nesta quarta-feira, após intensa negociação para um acordo diante da decisão do novo presidente, deputado Arthur Lira (PP-AL), de anular bloco partidário adversário.

01/02/2021
REUTERS/Adriano Machado
01/02/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), com 396 votos, será o primeiro vice-presidente da Casa, e também responderá pela vice-presidência do Congresso Nacional.

Deputados elegeram Lira na segunda-feira e era esperado que ele desse seguimento à apuração dos votos para os outros cargos da Mesa na mesma noite, mas o presidente surpreendeu ao tomar, como primeira decisão, a medida de desconsiderar o registro do bloco de apoio ao seu adversário na disputa, Baleia Rossi (MDB-SP).

Em seguida, determinou à Secretaria-Geral que recalculasse a distribuição dos postos de comando da Casa, sem levar em conta o conjunto de partidos da candidatura de Baleia. A divisão dos cargos é definida pela regra da proporcionalidade, que leva em conta os tamanhos das bancadas e blocos.

Lira anulou a criação do bloco alegando que partidos como o PT registraram sua participação depois do prazo estabelecido. Com isso, as legendas desse grupo, que teriam mais chances de emplacar quadros em cadeiras da Mesa, ficaram em desvantagem porque passaram a ser consideradas no cálculo da proporcionalidade sozinhas, e não em conjunto.

A decisão provocou alvoroço e a adiou a votação dos cargos para esta quarta-feira. Diante do acirramento do clima, os dois lados buscaram um acordo.

Lira anunciou, na terça, ter chegado a um consenso com os partidos, um meio termo que tentou atender às demandas dos dois lados, mas as siglas ainda discutiam internamente os nomes a serem indicados a cada posto.

Fechou-se uma chapa oficial, tendo André de Paula (PSD-PE) para a segunda vice-presidência; Luciano Bivar (PSL-PE) para a primeira secretaria; João Daniel (PT-SE) -- e não Marília Arraes (PT-PE), como se discutia na véspera -- para a segunda secretaria; Rose Modesto (PSDB-MS) na terceira secretaria e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ) para a quarta secretaria.

Deputados escolheram ainda colegas para a suplência. Para uma das suplências, destinada ao PSB, foi eleito Cássio Andrade (PSB-PA), mas a legenda havia indicado Marcelo Nilo (PSB-BA).

Todos os nomes foram eleitos em primeiro turno, com exceção do posto a cargo do PT. Marília Arraes (PT-PE), que concorria de forma avulsa, foi eleita nessa segunda rodada de votação para a segunda secretaria.

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