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Após PSDB convocar reunião, Doria apoia impeachment de Bolsonaro

7 set 2021 - 15h35
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O governador de São Paulo, o tucano João Doria, defendeu nesta terça-feira o impeachment do presidente Jair Bolsonaro diante do que considera como "volume de crimes já cometidos" durante as manifestações de 7 de Setembro.

Doria durante entrevista à Reuters, em São Paulo
 20/4/ 2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Doria durante entrevista à Reuters, em São Paulo 20/4/ 2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Mais cedo, o comando do PSDB anunciou a realização de uma reunião da Executiva extraordinária do partido para discutir o eventual impedimento do chefe do Executivo federal.

Bolsonaro disse em Brasília, em um discurso com ameaças mais cedo, que não aceitará que qualquer autoridade passe por cima da Constituição e cobrou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, a enquadrar a corte, afirmando que, se isso não ocorrer, o Poder Judiciário poderá "sofrer aquilo que nós não queremos".

"Eu até hoje nunca havia feito nenhuma manifestação pró-impeachment, para deixar claro,  me mantive na neutralidade entendendo que até aqui os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional, mas depois do que assisti e ouvi hoje em Brasília, sem sequer ter ouvido o que pronunciara aqui o presidente Jair Bolsonaro, ele claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira", disse Doria.

Segundo Doria, o volume de crimes já cometidos pelo presidente da República neste dia nas manifestações "são mais do que suficientes para justificar, se não for um novo pedido, para justificar os mais de 130 pedidos de impeachment que adormecem na mesa do presidente da Câmara Federal em Brasília. O governador fez as declarações durante entrevista coletiva no Centro de Operações da PM (Copom), que monitora as manifestações em São Paulo.

Doria avaliou que o presidente precisa sofrer o julgamento de impeachment pelos seus equívocos, erros e afronta à democracia. Ele defendeu que o PSDB seja um partido de oposição, deixando a atual posição de neutralidade.

O governador de São Paulo é tido como um dos pré-candidatos à Presidência em 2022. O PSDB vive uma espécie de racha no Congresso, com parte da bancada apoiando propostas do governo federal.

O partido confirmou mais cedo, em sua conta no Twitter, uma reunião para tratar do impedimento de Bolsonaro.

"O presidente do PSDB, Bruno Araújo, convoca reunião Extraordinária da Executiva para esta quarta-feira, para diante das gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje, discutir a posição do partido sobre abertura de Impeachment e eventuais medidas legais", disse a legenda, por meio da rede social.

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