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Arthur Lira é reeleito para presidência da Câmara

1 fev 2023 - 19h51
(atualizado em 2/2/2023 às 06h21)
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Apoiado tanto pelo partido de Lula quanto pelo de Bolsonaro, deputado teve maioria esmagadora de 464 votos.Com uma maioria esmagadora, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito para a presidência da Câmara nesta quarta-feira (01/02). Apoiado tanto pelo PT de Lula quanto pelo PL de Bolsonaro, Lira teve 464 votos e ficará no comando da Casa por mais dois anos. Ele obteve a maior votação absoluta de um candidato à presidência da Câmara, considerados os registros dos últimos 50 anos.

O parlamentar teve o apoio de 20 partidos: PCdoB, PV, União Brasil, PP, MDB, PSD, Republicanos, PSDB, Cidadania, Podemos, PSC, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Pros, Patriota e PTB - além de PT e PL.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), lançado pela Federação PSOL-Rede, obteve 21 votos. Já o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 19 votos. Houve ainda cinco votos em branco.

Arthur Lira tem 53 anos, está no quarto mandato e foi o candidato a deputado federal mais votado de Alagoas em 2022.

Em seu discurso de agradecimento, ele afirmou que não há mais espaço no Brasil para aqueles que atentam contra os Poderes que simbolizam a democracia.

"Esta Casa não acolherá, defenderá ou referendará nenhum ato, discurso ou manifestação que atente contra a democracia. Quem assim atuar terá a repulsa deste Parlamento, a rejeição do povo brasileiro e os rigores da lei. Para aqueles que depredaram, vandalizaram e envergonharam o povo brasileiro haverá o rigor da lei", afirmou, referindo-se aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Antes da votação, ele afirmou que, se reeleito, a relação com o governo Lula seria de independência e citou como desafio aprovar uma reforma tributária.

"Se eleito, quero estabelecer com o Poder Executivo não uma relação de subordinação, mas um pacto para aprimorar e avançar nas políticas públicas, a partir da escuta cuidadosa de opiniões e sugestões de nossas comissões", disse.

Ele afirmou que continuará à disposição de todos os parlamentares sem intermediários e reafirmou o compromisso com a liberdade de expressão desde que não ameace a democracia.

"Podemos ter adversários, mas não somos inimigos uns dos outros. Essa vai ser a tônica da Câmara nos próximos anos", disse antes da votação.

Posse dos deputados

Antes da votação, os 513 deputados federais eleitos em outubro tomaram posse, em uma solenidade em que cada parlamentar foi chamado individualmente para prestar o juramento.

Dois deputados do PSOL tomaram posse pelo sistema virtual: Talíria Petrone, por licença maternidade, e Glauber Braga, por licença médica.

No plenário lotado, o pai do deputado Arthur Lira, o ex-senador Benedito de Lira, de 80 anos, desmaiou. O ex-congressista foi imediatamente atendido por socorristas da Câmara dos Deputados e está hospitalizado para realização de exames.

O ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha, cassado em 2016 por mentir à CPI da Petrobras, esteve presente na solenidade para acompanhar a posse filha Dani Cunha (União Brasil-RJ) como deputada federal.

le (Agência Câmara, AgBR)

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