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Ativistas do Greenpeace se negam a testemunhar após acusação de pirataria

Brasileira e outros 29 foram indiciados por pirataria

3 out 2013 - 11h28
(atualizado às 16h10)
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<p>Brasileira est&aacute; entre os ativistas presos</p>
Brasileira está entre os ativistas presos
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace / Divulgação

Os 30 tripulantes da embarcação do Greenpeace "Artic Sunrise" acusados de pirataria pela Justiça russa se negaram a prestar depoimento, informou nesta quinta-feira o Comitê de Instrução da Rússia (CIR). "Os acusados não reconhecem sua culpa e atualmente se negam a testemunhar", disse um porta-voz do CIR à agência russa "Interfax". Entre os ativistas presos se encontra a bióloga brasileira Ana Paula Maciel. 

O comitê confirmou que todos os tripulantes da embarcação capturada no mar de Barents em 19 de setembro e rebocado até o porto de Murmansk foram acusados de pirataria em virtude do artigo 227 do código penal, que pune esse delito com 15 anos de prisão. Um tribunal de Murmansk apresentou ontem e hoje as acusações formais contra os tripulantes do barco por tentarem se acorrentar à plataforma petrolífera flutuante "Prirazlomnaya", da gigante energética russa Gazprom.

Os ativistas presos, que protestavam contra a exploração do petróleo no Ártico, são do Brasil, Rússia, Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.

O Greenpeace apresentou hoje um recurso contra a detenção preventiva por dois meses dos tripulantes da embarcação. Segundo a organização, a prisão dos ambientalistas foi ilegal e as acusações de pirataria absurdas.

O presidente do Conselho de Direitos Humanos adjunto do Kremlin, Mikhail Fedotov, disse hoje que as acusações de pirataria são "infundadas". A Gazprom, que explora gás e petróleo, espera se transformar graças a esta jazida na primeira companhia que comercializa petróleo extraído do Ártico.

EFE   
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