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Ato antifascista em Curitiba termina em confronto com a PM

Grupos convocaram ato para protestar contra o racismo; manifestantes queimaram bandeira e atiraram pedras; política usou bombas de gás

1 jun 2020 - 23h37
(atualizado em 2/6/2020 às 07h36)
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Um protesto convocado por grupos antifascistas para protestar contra o racismo terminou em confronto com a Polícia Militar na região central de Curitiba na noite desta segunda-feira, 1º. Manifestantes gritavam palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro e atearam fogo em uma bandeira do Brasil. Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que atearam fogo em lixeiras, quebraram fachadas de vidro de comércio e fizeram pixações em pontos de ônibus.

Grupo Antifascista em Curitiba
Grupo Antifascista em Curitiba
Foto: Reprodução

O protesto começou por volta das 20h na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná. Manifestantes carregavam cartazes com frases como "Vidas negras importam" e levavam bandeiras vermelhas e pretas que simbolizam o movimento antifascista. Atos semelhantes ocorrem em todo o mundo, como resposta à morte de George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos, após ser imobilizado por um policial branco.

A confusão foi registrada depois que parte dos manifestantes saiu em direção ao Centro Cívico, também no centro da cidade. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que os manifestantes colocaram fogo em uma bandeira do Brasil que teria sido retirada do Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, atearam pedras no Fórum Cível e gritaram palavras de ordem contra Bolsonaro.

A PM do Paraná informou que reagiu à depredação de bens públicos. Policiais foram filmados atirando bombas de gás e balas de borracha na direção dos manifestantes para tentar dispersar o grupo. Ao se deparar com alguns grupos menores, os PMs usaram também cassetetes. Até as 23h, não havia informação de presos.

A Prefeitura de Curitiba informou que foram registrados alguns danos e que um balanço completo deve ser divulgado nesta terça-feira.

No domingo, um ato antifascista, que também era contra o presidente Jair Bolsonaro, terminou em confusão em São Paulo. A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o início de uma briga em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A confusão, que durou ao menos uma hora, tomou conta da avenida e deixou vidros quebrados, caçambas de lixo e entulho revirados e fogo ateado em objetos no meio da via. Seis pessoas foram detidas, segundo a PM.

Estadão
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