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Atos golpistas: veja quem são os quatro primeiros réus julgados pelo 8 de janeiro

Entre os crimes pelos quais são acusados estão associação criminosa armada, golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado

13 set 2023 - 10h54
(atualizado às 10h58)
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Atos golpistas em Brasília
Atos golpistas em Brasília
Foto: Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta quarta-feira, 13, os quatro primeiros réus por participação dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Aécio Lúcio Costa Pereira, Matheus Lima de Carvalho Lázaro, Moacir José dos Santos e Thiago de Assis Mathar são apontados como suspeitos de depredar o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

Os crimes pelos quais são acusados são: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e considerável prejuízo para a vítima.

Caso sejam condenados, os quatro poderão receber penas de até 30 anos de reclusão, além de terem que pagar indenizações de mais de R$ 40 milhões aos cofres públicos.

Aécio Lúcio Costa Pereira 

Ele tem 51 anos, é morador de Diadema, na Grande São Paulo, ex-funcionário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e foi preso em flagrante pela Polícia do Senado. 

Conforme a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Pereira teria convocado pelas redes sociais pessoas para depredar os prédios dos Três Poderes. 

Aécio também estaria envolvido na destruição de vidraças, móveis, computadores, totens informativos, obras de arte, câmeras de circuito fechado de TV, carpetes, equipamentos de segurança e um veículo que estava no Congresso. Além disso, o homem também é acusado de depredar parte da Câmara e queimar o tapete do Salão Verde da Casa, usando uma substância inflamável. 

Aécio e Matheus serão julgados nesta quarta
Aécio e Matheus serão julgados nesta quarta
Foto: Reprodução

Matheus Lima de Carvalho Lázaro

Matheus é um jovem de 24 anos, morador de Apucarana (PR), e viajou mais de 1.100 quilômetros até Brasília. Ele ficou acampado em frente ao Quartel-General do Exército Brasileiro, onde recebeu alimentação e aguardou o momento de marchar para a sede dos Três Poderes.

Ele estaria com um grupo de bolsonaristas que portavam objetos que utilizados para a depredação dos prédios. Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre os itens estariam estilingues, bombas, gasolina, álcool, vinagre, produtos inflamáveis e materiais utilizados para produzir ‘coquetel Molotov’. Ele também foi preso em flagrante com o grupo na Praça dos Três Poderes.

Segundo aponta o Estadão, o processo contém algumas divergências de acusação do órgão, como registro de boletim de ocorrência da prisão dele a cinco quilômetros de distância da Praça dos Três Poderes. O rapaz estaria com um canivete, e há até a foto do objeto. 

Moacir José dos Santos

Ele tem 52 anos, é paisagista e morador de Foz do Iguaçu (PR). Ele é acusado de invadir o Palácio do Planalto e depredar móveis, obras de arte e quebrar vidros. Santos foi preso em flagrante pela Polícia Militar dentro do prédio. 

Conforme a denúncia da PGR, ele participou ativamente dos atos, junto com outras pessoas. O grupo gritava palavras de ordem como "fora, Lula", "presidente ladrão", "presidiário", segundo o órgão.

Moacir e Thiago serão julgados nesta quarta
Moacir e Thiago serão julgados nesta quarta
Foto: Repdoução

Thiago de Assis Mathar

O autônomo de 43 anos é de São José do Rio Preto (SP), mas saiu de Penápolis, em uma caravana para Brasília. Ele é acusado de ser um dos responsáveis pela  "execução dos atentados materiais contra as sedes dos Três Poderes". 

Ele afirmou à PF que chegou na capital federal para participar de "protestos pacíficos" e que se abrigou no Planalto para se proteger de conflitos que estariam ocorrendo do lado de fora do prédio. No entanto, ele foi apontado como um dos bolsonaristas ficados em destruir objetos artísticos e de valor do Planalto. *Com informações do Estadão

Fonte: Redação Terra
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