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Audiência na Rússia decide se estende prisão de brasileira e ativistas

18 nov 2013 - 08h49
(atualizado às 08h49)
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Pedido de liberdade de brasileira Ana Paula Maciel, presa na Rússia, foi negado em audiência no dia 24 de outubro
Pedido de liberdade de brasileira Ana Paula Maciel, presa na Rússia, foi negado em audiência no dia 24 de outubro
Foto: Igor Podgorny/Greenpeace / Divulgação

A brasileira Ana Paula Maciel e outros seis ativistas do grupo detido por autoridades russas em 18 de setembro ao protestar contra exploração de petróleo no Ártico participam nesta segunda-feira de uma audiência. O Comitê de Investigação russo quer estender a prisão provisória dos 30 membros da tripulação do navio do Greenpeace por mais três meses. 

A audiência começou às 5h30 (hora de Brasília) na corte do distrito de Primorsky, em São Petersburgo. A detenção provisória do grupo termina no dia 24 de novembro e a ONG denunciou uma "manobra da Justiça".

Os 30 membros da tripulação do Arctic Sunrise, detidos após um protesto no qual alguns tentaram escalar uma plataforma de petróleo, foram encarcerados em Murmansk e depois transferidos na terça para São Petersburgo (noroeste). Eles foram acusados de pirataria, e depois de vandalismo, sem que esteja claro se a primeira acusação tenha sido retirada. Se forem condenados por pirataria, os ativistas podem cumprir uma pena de até 15 anos de prisão, enquanto a pena por vandalismo pode chegar a sete.

"O Comitê de Investigação declarou que vai pedir o aumento por três meses da detenção provisória dos 30 militantes do Greenpeace, para concluir a investigação", indicou a ONG.

Não foi possível confirmar essa informação com o Comitê de Investigação. "O Comitê de Investigação se dedica há dois meses a 'investigar' um crime inexistente, enquanto as motivações e os detalhes da ação na plataforma Prirazlomnaia não são um segredo para ninguém, e são exibidas em comunicados à imprensa e em vídeos do Greenpeace", acrescentou o Greenpeace.

A ONG indicou que seus advogados vão contestar se os ativistas forem mantidos em detenção e exigir sua libertação sob pagamento de fiança. A ação do Greenpeace tinha como objetivo denunciar os riscos da exploração de petróleo no Ártico, uma região com ecossistemas particularmente frágeis.

A apreensão do navio do Greenpeace e a detenção dos ambientalistas desencadeou protestos em todo o mundo, mas as autoridades russas se mantêm inflexíveis.

Com informações da Reuters. 

Fonte: Terra
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