Barragem da Vale se rompe e atinge comunidade em Brumadinho
Mar de lama destrói diversas casas e deixa feridos na região metropolitana de Belo Horizonte, após incidente envolvendo a Mina Córrego do Feijão. As causas do rompimento são desconhecidas.Uma barragem da Vale se rompeu nesta sexta-feira (25/01) em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Um mar de lama destruiu diversas casas na região. Ao menos quatro pessoas ficaram feridas no incidente.
O rompimento ocorreu na Mina Córrego do Feijão. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil municipal foram mobilizados para o local. Em comunicado, a Vale afirmou que foi ativado um plano de emergência.
"As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens", disse a mineradora. A empresa destacou que a prioridade é preservar e proteger "a vida de empregados e de integrantes da comunidade".
As causas do rompimento são desconhecidas. Também não há informações sobre mortos. A Vale, contudo, disse que havia funcionários na área que foi atingida.
Nas redes sociais, a prefeitura de Brumadinho e de outras cinco cidades na região emitiram alertas para que a população fique longe do rio Paraopeba. Moradores da parte baixa de Brumadinho estão sendo retirados de suas casas. O Instituto Inhotim também foi esvaziado por precaução.
Em sua conta no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse que enviou dois ministros para acompanhar o caso de perto. "Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa Civil para a região", afirmou.
O caso aconteceu três anos após o rompimento de outra barragem no mesmo estado, na cidade de Mariana, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton. A tragédia foi considerada a maior catástrofe ambiental da história do Brasil, com vazamento de resíduos minerais e um saldo de 19 mortes.
Em 5 de novembro de 2015, o mar de lama com rejeito de minério se espalhou por 650 quilômetros e varreu o distrito de Bento Rodrigues. Os moradores aguardam até hoje a reconstrução de suas casas. A recuperação ambiental da região atingida também vai a passos lentos.
O desastre levou a Samarco, a Vale e a BHP Billiton ao banco dos réus. As mineradoras respondem na Justiça por homicídio e crime ambiental.
CN/efe/afp/rtr/lusa/ots
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