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Bolsonaro anda a cavalo em ato em Brasília; manifestantes se enfrentam em SP

31 mai 2020 - 14h01
(atualizado às 19h19)
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O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou apoiadores que se aglomeraram neste domingo em frente ao Palácio do Planalto, contrariando as orientações para conter a epidemia de coronavírus, e chegou a montar em um cavalo.

Bolsonaro monta num cavalo durante ato a favor do governo em Brasília
 31/5/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro monta num cavalo durante ato a favor do governo em Brasília 31/5/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O presidente sobrevoou a manifestação em um helicóptero e em seguida desceu no local, provocando aglomerações. Ele cumprimentou algumas pessoas e pegou crianças no colo sem usar máscara. Entre os apoiadores, alguns carregavam cartazes em repúdio ao Supremo, como "abaixo a ditadura do STF". Um manifestante levava uma bandeira do Brasil com a frase "intervenção no STF e Congresso".

Depois de andar de uma ponta a outra da Praça dos Três Poderes, Bolsonaro decidiu montar em um cavalo da polícia que fazia a segurança da manifestação, dando galopes em determinado momento.

Em seguida, voltou ao helicóptero para retornar à residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Junto a um vídeo com as cenas do passeio a cavalo divulgado em suas redes sociais, Bolsonaro escreveu "Estarei onde o povo estiver."

Atos a favor e contra Bolsonaro também ocorreram em São Paulo, epicentro da pandemia do Covid-19 no país, a partir do início da tarde.

Entretanto, houve conflito entre manifestantes depois com a Polícia Militar na Avenida Paulista, que acabou usando gás lacrimogêneo.

"No processo democrático, manifestações devem ser respeitadas. Mas posições contrárias não podem ser expressadas com violência nas ruas. O Brasil precisa de paz, diálogo e respeito às instituições para preservar sua democracia", escreveu o governador de São Paulo, João Doria, em sua conta no Twitter.

Na véspera, o Brasil registrou um novo recorde no número de casos de coronavírus notificados em 24 horas, com 33.274 novas infecções, enquanto o aumento de 956 mortes fez o país totalizar 28.834, passando a ser o quarto no mundo em óbitos pela Covid-19.

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