Bolsonaro critica Biden e reafirma apoio à reeleição de Trump
Em meio à acirrada eleição norte-americana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quarta-feira a reeleição de Donald Trump e criticou o democrata Joe Biden, mas afirmou que suas posições não são uma interferência nas eleições do país.
Mesmo com a eleição ainda indefinida, podendo manter Trump na Presidência ou colocar Biden no comando dos Estados Unidos, Bolsonaro atacou o democrata por ter falado sobre Amazônia.
"O candidato Democrata em duas oportunidades falou sobre a Amazônia. É isso que vocês querem para o Brasil? Interferência de fora para dentro?", disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta.
Em um dos debates, Biden afirmou que iria reunir recursos --20 bilhões de dólares-- em conjunto com outros países para que o Brasil acabasse com o desmatamento na Amazônia e que o país poderia sofrer sanções se não o fizesse. À época, Bolsonaro mostrou extrema irritação e classificou de desastrosa a fala do democrata.
Apesar do otimismo no governo ter crescido sobre uma possível reeleição de Trump, Bolsonaro seguiu o conselho de seus auxiliares e não falou sobre o resultado ainda incerto e nem cumprimentou o presidente norte-americano, apesar do próprio Trump, mesmo sem evidência, já ter dito que venceu a eleição.
Bolsonaro, no entanto, repetiu seu apoio a Trump e, quando perguntado se estava interferindo na eleição norte-americana, riu.
"A minha interferência você quer como? Econômica, militar, bélica ou cibernética?", brincou. "Preferência acho que todo mundo tem, eu não vou discutir com ninguém, quem é democrata ou porventura torce pelos republicanos. Vocês sabem a minha posição, é clara, isso não é interferência, tenho uma boa política com Trump, espero que ele seja reeleito, e o Brasil vai continuar sendo Brasil, sem interferir em nada. Até porque quem somos nós para interferir, né?", disse.
Bolsonaro ressaltou seu bom relacionamento com Trump --que diz não haver existido em governos anteriores, apesar do diálogo constante dos presidentes brasileiros com os norte-americanos-- e que algumas pessoas defendem que ele deveria ser "inimigo dos EUA".